Isolamento social, home office, queda nas viagens de turismo, redução no uso de veículos, câmbio desfavorável para importações de autopeças – esses foram alguns dos impactos causados pela COVID-19 e tiveram reflexo no setor de reparação automotiva. Mas, e agora, com a proximidade do novo ano e a promessa de soluções para a pandemia, como ficará o trabalho nas oficinas e lojas de autopeças?
Diante das dificuldades decorrentes das medidas de isolamento social impostas pela COVID-19, o mercado automotivo sofreu uma queda na venda de veículos novos e usados, com reflexos no setor de reparação automotiva, que, embora não tenham sido obrigados a manterem suas portas fechadas, registraram uma queda no volume de serviços, principalmente, nos dois primeiros semestres de 2020.
No meio do ano, em entrevista publicada no Canal Dana em junho, o presidente da ANFAVEA- Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Luiz Carlos Moraes, projetava que a recuperação do setor automotivo no Brasil após a pandemia do novo coronavírus seria lenta, com a expectativa de queda de 40% na venda de veículos até o fim do ano. Clique no texto abaixo para ler a matéria do Canal Dana.
Por outro lado, enquanto o FMI ainda prevê uma queda de 5,8% no PIB brasileiro e a ANFAVEA estima que os níveis normais de produção da indústria automotiva nacional só sejam recuperados no intervalo de cinco anos, o mercado de reposição e reparação automotiva independente, após dez meses de enfrentamento da COVID-19, já consegue ver que a queda não foi tamanha como anteriormente previsto e até podemos projetar um pequeno crescimento para o balanço de 2020. Um bom sinal para os milhares de profissionais das oficinas e balcões de autopeças.
O prognóstico para 2020 era muito sombrio. Desde o segundo trimestre, quando a pandemia causada pelo COVID-19 forçou o fechamento dos serviços não essenciais e restringiu a circulação das pessoas, as previsões dos resultados em 2020 eram de queda na demanda, falta de dinheiro nas mãos do consumidor, recessão e desemprego.
Faltando poucos dias para o encerramento do ano, já podemos afirmar que parte do cenário pessimista se confirmou. Altas taxas de desemprego, a economia com baixa recuperação, alguns lampejos de maior faturamento no comércio em datas específicas, mas ainda bem longe dos anos de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto – que é a soma de todas as riquezas produzidas ao longo de um período de tempo).
Isso é ruim, mas poderia ter sido bem pior. E o cenário para 2021 não está tão sombrio. Com a economia em baixa e as perspectivas de soluções para a pandemia, principalmente em relação aos bons resultados nos testes de imunização e o estágio avançado no desenvolvimento de múltiplas vacinas contra o COVID-19, as chances de reverter esse quadro pessimista são ótimas. Qualquer pequena melhoria já é um alento e um estímulo para continuar e aumentar o ritmo da recuperação.
Especificamente sobre o nosso setor de reparação, o monitoramento semanal realizado pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva, registra que o movimento nas oficinas tem se mantido, de forma sustentável, em um nível superior à média do ano de 2019. Segundo este indicador, se o ritmo for mantido, o mercado de reposição de autopeças fechará 2020 com um crescimento de 0,86% em relação ao observado em 2019.
A média de passagens nas oficinas mecânicas, que em 2019 foi de 960 veículos/ano, neste ano de 2020 já está próxima dos 908 veículos/ano (resultado até o 3º trimestre de 2020).
Se em maio último, perto do fechamento do semestre, apenas 69% das oficinas estavam funcionando normalmente, no monitoramento CINAU de outubro o percentual chegou a 84%
Esses são indicativos de que ainda teremos um começo difícil em 2021, mas esse cenário irá melhorando a medida que os índices da pandemia forem caindo e o mercado se estabilizando.
Bons motivos para comemorar, mas isso não significa que já podemos relaxar e abandonar os cuidados para evitar o contágio e transmissão do novo coronavirus, uma vez que a pandemia ainda não está totalmente controlada. Mantendo todos os cuidados, é hora de intensificar a comunicação com os consumidores e colocar sua empresa no radar do cliente.
Tradicionalmente, os meses de fim de ano e começo do seguinte costumam ser bons para as oficinas e, apesar de ser um ano atípico, é de se esperar que o cliente continuará fazendo suas revisões de fim de ano e as manutenções para as viagens de férias.
Com as viagens aéreas financeiramente menos acessíveis e os destinos internacionais ainda bastante restritos, com certeza a opção será pelos deslocamentos rodoviários, com os veículos na estrada e a segurança de bom funcionamento garantida pelos bons serviços de sua empresa e peças de qualidade superior assegurada e boa procedência, peças com com a tradição das marcas Dana, pois se é Dana? Então manda!