A operação de Sistemas de Suspensão da Dana em Diadema (SP) – antiga Nakata – ampliou em 23% seu quadro de colaboradores nos primeiros meses deste ano. A divisão tinha 535 funcionários no início de janeiro e conta hoje com 689, além de 30 estagiários. O aumento do número de colaboradores se deve ao aquecimento do mercado interno e à conquista de novos negócios na exportação, que crescerão mais de 50% até o final do ano.
“Esse movimento, que vai na contramão dos indicadores que apontam para o aumento do desemprego no Brasil, é resultado de um plano agressivo de consolidação de operações, foco em mercados específicos, adoção de tecnologias inéditas de processo e expansão dos mercados de exportação e doméstico. E, se não fosse o problema da falta de matéria-prima, nosso crescimento seria ainda maior”, diz Harro Burmann, vice-presidente de Manufatura do Grupo de Sistemas Automotivos da Dana.
A operação de Diadema inclusive iniciou o que chama de “quarto turno” de trabalho (dividido em quatro períodos de seis horas) com a contratação de 31 funcionários. “Este é um fato inédito na Dana. Implementamos o quarto turno, que opera paralelamente aos três turnos convencionais de oito horas, para que pudéssemos atender a demanda com as máquinas que temos hoje, já que algumas precisam trabalhar ininterruptamente”, explica Harro.
Crescimento também na Dana de Gravataí
A fábrica de eixos cardans da Dana de Gravataí (RS), que tinha 585 funcionários em janeiro, está atualmente com 665. A contratação de 80 funcionários mais 16 estagiários ampliou em 17% o quadro. O aumento de produção já ultrapassou 30%, o que significa o funcionamento da unidade em três turnos. O crescimento do mercado interno de caminhões e o aumento das exportações em 23% são a explicação para esse aumento de produção.
A Dana acaba de receber o troféu de Exportação da ADVB do Rio Grande do Sul, como a empresa do segmento automotivo com maior crescimento nas exportações naquele estado. “O ano de 2003 foi bastante difícil para a Dana, inclusive com a morte do nosso chairman. Mas nosso plano Transformação 2005, adotado em 2001, tem sido seguido à risca, e o que estamos assistindo são os resultados de um processo agressivo de consolidação e enxugamento de operações, sem que o número de funcionários fosse reduzido. Estamos colaborando para a expansão dos empregos no Brasil e a previsão é de que esse aquecimento mantenha-se ao longo do ano, que promete ser memorável para o mercado automotivo nacional”, diz Hugo Ferreira, presidente da Dana América do Sul.