O 1º Congresso de Reparação de Veículos no Brasil, realizado pelo Sindirepa Brasil no dia 6 de agosto de 2024, foi um verdadeiro sucesso, atraindo mais de 200 participantes, oferecendo conteúdo rico para os participantes. O evento ocorreu na Fiesp, em São Paulo, e contou com a presença de líderes do setor automotivo, empresários donos de empresas de reparação automotiva e especialistas, proporcionando uma troca de conhecimentos valiosos.
Antônio Fiola, presidente do Sindirepa Brasil, fez a abertura oficial do evento, destacando a importância da integração entre as lideranças regionais do Sindirepas e os avanços do setor. Ele afirmou: “A união de esforços é essencial para fortalecer a reparação automotiva no Brasil.” A abertura também contou com a presença dos presidentes regionais do Sindirepa, incluindo Mario B. Arruda, do Sindirepa Goiás; Alexandre Mol Pessoa de Faria, do Sindirepa Minas Gerais; Fausto, do Sindirepa Mato Grosso; Julio Cesar Lupepsa, do Sindirepa Paraná; Pedro Paulo de Medeiros Moraes, do Sindirepa Pernambuco; Havellan Pereira, do Sindirepa Piauí; Paulo Paim, do Sindirepa Rio Grande do Sul; Eduardo Colzani, do Sindirepa Santa Catarina; e Cristiano Fantini, do Sindirepa Tocantins.
Luiz Sérgio Alvarenga, especialista com 35 anos de experiência no aftermarket automotivo, ministrou uma palestra e trouxe uma análise abrangente e crítica sobre o impacto do programa MOVER no mercado de reposição automotiva e a evolução dos incentivos fiscais no setor ao longo das décadas. Com dados detalhados, o material destacou a importância da memória histórica para entender as mudanças regulatórias e seus efeitos, utilizando uma linha do tempo que traçou desde o GEIA, criado em 1956, até o recente MOVER de 2024. A apresentação também abordou a “Lei Ferrari” e suas implicações no mercado atual, enfatizando os desafios enfrentados pelas empresas diante da evolução tecnológica e do mercado ilícito, especialmente no contexto das plataformas de mercado. A profundidade dos dados e o esclarecimento das informações tornaram o material uma referência importante para os profissionais do setor.
Alyson José Nogueira, empresário da reparação automotiva abordou o status da Tabela para Tempos de Serviços, um projeto que visa trazer mais transparência e segurança ao setor de reparos de veículos. O projeto é visto como essencial para estabelecer padrões claros e justos nos tempos de serviços automotivos.
Os patrocinadores do evento, incluindo ACDelco, Akzo Nobel, Autoglass, Bosch e Cilia tecnologia, tiveram a oportunidade de apresentar seus projetos e iniciativas de negócios. Pela ACDelco, Bruno Silva e Otavio Marcacini demonstraram que a frota brasileira conta com 9 milhões de veículos da GM, e que a ACDelco possui um portfólio com 18 linhas de produtos, desde baterias e entregas até itens de freio e de motor. Giovani Ferraz, da Akzo Nobel, falou sobre o projeto Acoat Selected e a possibilidade de montar box para atendimento rápido de reparos por detalhes.
Flavio Cezario, CEO da Autoglass, destacou as soluções e o vasto portfólio de peças da empresa, mencionando ainda o robusto estoque de peças automotivas da empresa para a América Latina. André Astini, da Bosch, apresentou todo o pacote completo de soluções que a empresa oferece através do já maduro projeto Bosch Car Service. A Cilia Tecnologia apresentou seu novo projeto, o Cilia Oficina, uma plataforma que vem para contribuir através de suas percepções das carências dos escritórios, como falta de acesso a crédito, visão gerencial e extrema dependência de escritórios de contabilidade. Essas apresentações foram fundamentais para criar novas parcerias e explorar oportunidades de negócios.
Um dos destaques do congresso foi o painel de qualidade, moderado por Marcio Kumruian, onde se discutiu o impacto das peças de qualidade duvidosa e os desafios enfrentados pelas oficinas devido a longos processos de garantia. A discussão acirrada evidenciou a necessidade de melhorias contínuas no setor. Como ressaltou um dos participantes: “A qualidade das peças é crucial para a confiança dos escritórios e a satisfação dos clientes.”. Durante o painel foi exibido o ranking das peças que mais apresentam problemas de qualidade, resultado de uma sondagem estatística realizada pelo Sindirepa Brasil em maio passado.
Durante o evento, foi distribuída a nova cartilha ESG para empresas de reparo por questões, desenvolvida pelo Sindirepa Brasil. Este guia representa um passo importante na orientação das empresas em direção a práticas mais sustentáveis e socialmente responsáveis. Pedro Buriel, assessor do Sindirepa Brasil, comentou: “A cartilha ESG é uma ferramenta vital para que as empresas de reparação automotiva adotem práticas que beneficiem o meio ambiente e a sociedade, além de fortalecerem seus negócios.”
O congresso encerrou com um momento de networking, permitindo que os participantes trocassem experiências e ideias, consolidando o evento como um marco no setor de da reparação independente.
Os que não puderam comparecer presencialmente, assistiram o evento pelo Canal do Sindirepa Brasil no Youtube.