Com quase 25 anos de existência em outros segmentos no Brasil, o e-commerce de autopeças só se firmou nos últimos anos, com consumidores e oficinas buscando soluções para seus veículos e serviços
O E-commerce é, sem dúvidas, um dos maiores mercados do mundo. Só no Brasil, o faturamento do comércio eletrônico foi de mais de 53 bilhões de reais em 2018, e a previsão é de que passe dos 60 bilhões em 2019.
Desde o início o processo de crescimento foi constante, embora tenha acontecido de forma tardia quando comparado a países mais desenvolvidos, como Japão, Inglaterra, China e Estados Unidos.
Esse atraso se deu por conta de fatores culturais, logísticos, demográficos e territoriais. Porém, são barreiras que foram ultrapassadas e, hoje, o comércio eletrônico é um dos segmentos que mais crescem no país.
De acordo com o IBGE, o Brasil tem mais de 150 milhões de pessoas que acessaram a rede em 2018 e destes, 98% das pessoas já compraram em um site de vendas. Ou seja, a compra e venda de produtos e serviços pela internet já se tornou realidade no Brasil.
De acordo com pesquisa do Instituto Ipsos, entre 2017 e 2018 foram R$ 166,2 bi de faturamento em compras na rede. Grande parte desse montante foi gasto em plataformas de vendas E-commerce e marketplaces.
O que é E-Commerce?
Um e-commerce é, basicamente, um modelo de vendas pela internet em que é necessário investir na própria plataforma de venda. Ou seja, a empresa precisa criar seu próprio site de vendas, se responsabilizando por questões importantes como pagamentos, divulgação e segurança.
O que é Marketplace?
Os marketplaces se tornaram a grande tendência do mercado para empreendedores que têm dúvidas em como vender mais pela internet. Esse tipo de plataforma funciona como shoppings virtuais, recebendo várias empresas que vendem produtos no mesmo local.
Nessas plataformas, tudo aquilo que é necessário para o funcionamento da loja virtual como sistemas de pagamento, posicionamento nos buscadores e identidade visual já estão presentes nos marketplaces.
O comércio eletrônico de autopeças
A comercialização eletrônica de peças automotivas é um segmento que se faz cada vez mais presente no mercado digital.
O mercado de reposição de autopeças movimenta aproximadamente R$ 20 bilhões por ano, em escala sempre crescente, acompanhando a expansão da frota no País, que soma cerca de 43 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo levantamento mais recente do Sindipeças. A participação do comércio eletrônico no segmento pode parecer pequena em comparação com os canais tradicionais, mas se levarmos em conta a revolução causada no varejo, não convém ignorar.
Somente no Mercado Livre, um dos maiores marketplaces da América Latina, a categoria segue como líder de vendas desde 2014, segundo o responsável pelo setor de auto partes do portal – mas existem questões quanto ao perfil das vendas, com foco inegável e compreensível em acessórios. As questões críticas de catálogos e gestão facilitada da loja especificamente para as autopeças vem sendo abordadas por empresas perceiras como o AlephCRM, que se propõe a fazer a ponte entre os fabricantes e varejo, sem esquecer da importancia do distribuidor. Merece ser acompanhado de perto e com atenção.
Em outro importante participante no setor é o Canal da Peça, criado em 2012, o ambiente virtual de negociação de autopeças vem registrando crescimento anual de 240%, com giro financeiro de R$ 200 milhões, em média, sendo que neste ano a previsão é movimentar R$ 600 milhões em negócios, com proposta diferenciada de combinar o uso inteligente do inventário disponível no mercado além de apontar onde as peças estão disponíveis no varejo – uma necessidade dos clientes. Não dá para dizer que tudo é simples e está bem, existem vários desafios e complexidade a ser combatida. O Canal da Peça conta com os catálogos Spicer e Albarus na plataforma há mais de 1 ano.
Outro ponto de destaque é a presença de varejos de autopeças, que criaram suas lojas virtuais e hoje atuam nos dois ambientes: físico e eletrônico.
Esses sucesso é creditado à facilidade para vender e o fato de os brasileiros estarem cada vez mais familiarizados com a compra online.
O E-commerce enfrenta algumas dificuldades e tem barreiras que precisam ser enfrentadas – um processo que no caso das autopeças tem suas particularidades.
Desafios do Ecommerce
- 41% dos brasileiros afirmam que sua conexão ainda é instável para realizar compras online.
- A internet brasileira é quase que 3 vezes mais lenta do que a média mundial.
- O Ecommerce sustenta 60% das vendas na região sudeste, sendo os outros 40% divididos para as outras 4 regiões.
Mesmo enfrentando problemas de qualidade no fornecimento da internet, a parcela da população com menor renda opta por apenas um dispositivo: o smartphone.
Ter um smartphone, além de impulsionar as vendas da categoria de Telefonia/Celulares (atualmente com 18,2% de importância em faturamento no total Ecommerce), contribui para o crescimento do m-commerce (compras realizadas por dispositivos móveis: celulares, tablets, aplicativos).
As vendas via dispositivos móveis representam 42,8% de todos os pedidos do Ecommerce do Brasil em janeiro de 2019. Enquanto o Ecommerce total cresceu 12% em 2018, o m-commerce cresceu 41% no mesmo período.
Acostume-se aos novos tempos e veja como isto pode trazer oportunidades para os seu negócio. Muito ainda tem por acontecer, temos desafios de logística, complexidade, catálogos, cobertura de linha… nada muito diferente do que são os negócios analógicos, concorda? Mas eficiencia se traduz em competitividade e competitividade aumenta o potencial de negócios, não é? Vamos seguir acompanhando esta hisória que vem sendo escrita em frente aos nossos olhos.