Antes de se iniciar o alinhamento de rodas, devem ser avaliadas as condições dos pneus e calibragem e todas as peças e componentes da suspensão, para verificar se não têm irregularidades ou desgaste excessivo.
Qualquer profissional do setor automotivo sabe que é importante fazer o alinhamento, balanceamento e rodízio dos pneus do carro periodicamente. Esse é um procedimento recomendado para mantê-los em bom estado de funcionamento e aproveitar seu melhor desempenho.
O alinhamento tem como objetivo ajustar os ângulos das rodas, mantendo-as retas em relação ao solo e paralelas entre si. Esse é um procedimento que precisa ser realizado periodicamente conforme orientação descrita no manual de serviços do veículo.
Sem essa checagem e correção periódica existe o risco de o veículo puxar para um lado ou para outro, além do desgaste irregular dos pneus e sobrecarga nos componentes da suspensão e da direção.
Os maiores inimigos da perfeita geometria da suspensão e do alinhamento correto das rodas são buracos e as irregularidades no asfalto. Impactos contra buracos, choque das rodas contra o meio-fio e outros obstáculos podem afetar a geometria do veículo e o alinhamento pode ser comprometida deixando o conjunto desalinhado.
No entanto, antes de realizar o serviço de alinhamento de rodas em um veículo, não importa qual sistema de alinhamento de rodas seja usado para obter medições de alinhamento, deve ser precedido de algumas pré-verificações para garantir que o veículo esteja nas condições ideais para leituras precisas.
Existem diferentes tipos de equipamentos de alinhamentos para carros. Os mais conhecidos são o alinhamento manual (ou óptico), alinhamento eletrônico computadorizado (ou a lazer) e o procedimento mais simples e rápido, que é feito com o alinhador 3d.
Antes de colocar o veículo na rampa de alinhamento é recomendado realizar uma rotina de verificação pré-alinhamento, conforme a seguir:
1 – Verifique se a suspensão e as juntas estão em boas condições.
2 – Confira se a cremalheira do sistema de direção está centralizada, principalmente, se tiver sido substituída.
3 – Verifique se as pressões dos pneus estão corretas.
4 – Verifique o estado geral das rodas (amassados, trincas ou outros danos) e o estado geral dos pneus.
Calma, ainda não é o momento de realizar o alinhamento das rodas. Antes de colocar as ferramentas de leitura das medidas, faça mais uma segunda inspeção.
- Com o carro sobre a rampa de alinhamento, instale os componentes de fixação do veículo no rack.
- Em carros com câmbio automático, deixe a transmissão na posição de estacionamento (P – Park) ou em 1ª marcha nos carros com transmissão manual.
- Nivele e trave o volante com um suporte.
- Realize um teste de movimentação da suspensão, empurrando a carroceria para baixo nos pontos próximos aos amortecedores. Verifique se há saltos e ruídos excessivos.
Com o veículo já em posição elevada, faça uma Inspeção na parte inferior.
Verifique os componentes da suspensão e os suportes do motor, balançando o veículo para frente e para trás. A inspeção desses itens pode revelar possíveis danos na estrutura dianteira e traseira do veículo, principalmente, nos pontos de apoio do motor e fixação da suspensão.
Verifique os componentes da direção hidráulica. Se esses componentes estiverem com defeito, isso poderá causar dificuldades na condução do veículo.
Inspecione as buchas do braço de controle superior e verifique as buchas superiores do amortecedor e/ou torre do amortecedor quanto a sinais de danos.
Levante a rampa e execute uma inspeção preliminar do tirante. Segure as rodas e agite. Observe se existem folgas, barulhos e outros sinais de desgaste em componentes.
Com os pneus já nas placas móveis do equipamento, inspecione a direção hidráulica quanto a vazamentos e folga nas buchas de montagem. Ao inspecionar a caixa de direção, nivele o volante e observe a posição dos pneus dianteiros. Se ambas as rodas dianteiras estiverem viradas para a esquerda ou para a direita, verifique o alinhamento da carroceria quanto aos pontos de apoio e fixação do motor.
Movimente o pneu para testar as extremidades externas e internas do tirante. Se o veículo tiver braço pitman e/ou braço intermediário, verifique visualmente se há alguma folga.
Verifique se há desgaste nas juntas, barras, coifas e, não esqueça de verificar se há indícios de vazamento de graxa ou óleo lubrificante.
Inspecione amortecedores, molas, coifas, batentes e todos os itens da torre de suspensão quanto a danos mecânicos. Sempre verifique se há vazamentos. Buchas de borracha e suportes de suporte superiores danificados podem causar dores de cabeça posteriormente no processo de alinhamento.
Levante o veículo para aliviar as juntas esféricas e verifique novamente as juntas esféricas quanto ao movimento para cima e para baixo.
Por fim, dê uma boa olhada nos pneus. Certifique-se de que a pressão, o tamanho e o desenho da banda de rodagem correspondem às recomendações do fabricante.
Se houver algum componente danificado ou necessitando de substituição, efetue o reparo e somente após isso realize o serviço de alinhamento e balanceamento, com a garantia de que o veículo está nas condições ideais para leituras precisas.
Um lembrete: se precisar fazer uma substituição de componente desgastado ou danificado, não arrisque na escolha dos novos itens a serem aplicados. Prefira sempre os produtos Spicer e Albarus e evite retrabalho e reclamações.
Depois de realizar essa revisão, o veículo está pronto para passar pela máquina de alinhamento, que vai fazer a leitura e verificar a geometria, convergência, divergência, caster e a medida do camber.
Caso alguma dessas medidas apresente divergência em relação ao especificado, o profissional da reparação automotiva deve fazer as correções e ajustes, sempre obedecendo a recomendação da montadora do veículo.