Terminamos o ano com números bastante positivos e, pela situação favorável da venda de veículos novos, seminovos e usados, junto com os resultados do mercado de reposição de autopeças, podemos esperar por um 2025 ainda melhor. Acompanhe.
As manchetes sobre o mercado automotivo no final do ano e começo de 2025 nos enchem de expectativas positivas e ânimo.
“O Brasil encerrou 2024 como o mercado automotivo que mais cresceu entre os dez maiores do mundo.”
“Fenauto registra o melhor resultado na venda de veículos usados dos últimos 14 anos.”
“Aftermarket movimentou quase 260 bilhões de reais em 2024.”
“Setor automotivo cria mais de 100 mil novas vagas de emprego.”
E por aí vai, sempre com informações positivas, que, com certeza, refletem diretamente no mercado de reposição de autopeças e reparação automotiva do ano seguinte.
A Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, registrou um aumento de 15% nas vendas de veículos novos no país em comparação com o resultado do ano de 2023.
Esse foi o maior crescimento percentual do setor desde 2007, com mais de 2.6 milhões de veículos leves e pesados de 2024, contra 2.3 milhões de unidades no ano passado. Esse resultado, coloca o Brasil como o maior crescimento entre os 10 principais mercados globais de veículos, à frente de países como o Canadá (10,5%), o México (9,4%), a China (3,8%) a Índia (3,4%) e Estados Unidos (2,8%).
O bom desempenho na produção de veículos novos refletiu diretamente no aumento da oferta de empregos, com a criação de 100 mil vagas de trabalho na cadeia automotiva.
Na esteira das boas notícias, para 2025 a Anfavea projeta um crescimento de 5,6% nas vendas, com 2,802 milhões de veículos emplacados. A produção deve subir 6,8%, alcançando 2,749 milhões de unidades.
A entrada de veículos 0km na frota circulante significou, também, maior movimentação na compra e venda de veículos seminovos e usados, conforme informação divulgada pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), em 6 de janeiro último, com a divulgação do balanço de 2024.
Foram 15.777.594 carros usados comercializados, crescimento de 9,2% em relação a 2023, o maior número registrado desde 2011, com a maior fatia dos negócios em veículos com 13 anos ou mais de fabricação (aqueles que por certo demandarão mais manutenções), sendo que as demais faixas também tiveram volumes expressivos, conforme segue:
- Seminovos entre 0 e 3 anos: 2.541.872 unidades;
- Veículos de 4 a 8 anos: 3.982.867 unidades;
- Veículos de 9 a 12 anos: 3.531.095 unidades;
- Veículos com 13 anos ou mais: 5.721.760 de unidades.
É um círculo virtuoso que se fecha e retroalimenta.
Adquirir um veículo novo pode representar, também, a venda do antigo veículo.
Esse carro de segunda mão, independente da quilometragem rodada ou ano de fabricação, gera demanda nas oficinas de manutenção automotiva, tanto da rede autorizada das marcas, quanto do mercado independente.
O maior volume de serviços nas oficinas ocasiona maior demanda de mão de obra, peças de reposição, produtos para substituição (preventiva ou corretiva) e outros insumos
Resultado previsto para 2025 e, quem sabe, os próximos anos: um novo ciclo positivo para distribuidores e comércio varejista de autopeças, oficinas e centros automotivos, além de envolver outros agentes do mercado automotivo, como fabricantes de ferramentas e equipamentos para oficinas, demanda por cursos de formação, treinamento e aprimoramento em tecnologias automotivas, empresas de acessórios e produtos e prestadores de serviços de car care.
O aquecimento do comércio de veículos impacta diretamente em toda a cadeia do setor automotivo e isso reforça a importância do setor de reposição, tornando-o um agente importante para a sustentabilidade do mercado automotivo.
O mercado de reposição de autopeças movimentou quase 260 bilhões de reais em 2024, impulsionado pela necessidade de manutenção da frota crescente. Será que neste ano bateremos esses números? Se depender da Dana, sim!