Recente estudo apontou que a idade média dos veículos subiu de 10 para 12 anos. Essa pode ser uma boa notícia para a reparação automotiva, pois veículos mais velhos necessitam de manutenção mais constante, o que pode significar maior frequência nas oficinas e tíquete médio mais elevado. Confira.
Durante o 2º Encontro da Indústria de Autopeças, evento on line organizado pelo Sindipeças e realizado no começo de abril, a conceituada consultoria McKinsey apresentou um estudo que aponta um crescimento dos negócios no mercado de reposição, principalmente por causa da maior demanda gerada pelo aumento da idade da frota.
Segundo os dados do Sindipeças — Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, até meados de 2019, a idade média dos automóveis que rodam o país era de 10,2 anos.
Neste novo levantamento da Mckinsey foi identificado que a frota vem envelhecendo, subindo para 12 anos, reflexo da queda da venda de veículos novos e do aquecimento do mercado de usados e seminovos causado pela pandemia.
Hoje os veículos da linha leve com mais de 12 anos representam 41% da frota nacional, próximo de 15,9 milhões de veículos, e devem subir para 45% até 2022, o que representará cerca de 17,9 milhões de unidades.
Com esse cenário, o setor de reposição automotiva brasileiro, que hoje movimenta R$ 100 bilhões, deve crescer entre 6% e 7% até 2023. Esse crescimento é fruto no envelhecimento da frota, principalmente de veículos de passeio, o que vai demandar mais manutenção e, consequentemente, maior número de componentes substituídos.
Com isso, a porcentagem de carros novos vai se manter estável, em torno de 14%. Os automóveis de passeio devem ser responsáveis por 62% dos negócios do setor, enquanto os veículos pesados responderão por 28% e as motocicletas pelos 10% restantes.
O estudo traz ainda quais as áreas de serviços são as maiores geradoras de demanda de peças e itens de reposição na linha de veículos de passageiros, com liderança dos itens de alto giro e troca programada, como pneus, lubrificantes, freios, baterias, filtros e demais produtos químicos, que juntos respondem por R$ 38 bilhões de vendas/ano.
Mas não são apenas boas notícias que o levantamento traz. Entre as tendências que já estão acontecendo no setor, a entrada de novos personagens no mercado revela o interesse das montadoras em disputar o segmento por meio da oferta de serviços (e não somente com a venda de veículos e peças para reposição).
Os componentes utilizados em reparos nos sistemas de direção e suspensão, transmissão e embreagem, eixos e homocinéticas são responsáveis por 9% da gama total de geradores de serviços nas empresas de reparação. Um bom motivo para sua oficina incrementar o estoque das peças Albarus, Spicer e Victor Reinz em suas prateleiras.
É bom estar preparado e bem abastecido para participar deste crescimento de mercado e conquistar uma parcela dos investimentos na manutenção dos veículos, sejam os velhinhos, os seminovos e até os recém comprados pelos consumidores.
Clique nas imagens desta nota e acesse a íntegra do levantamento apresentado no 2º Encontro da Indústria de Autopeças.