Encontro anual reuniu as principais lideranças do setor automotivo, envolvendo toda a cadeia de reposição de autopeças. A Dana esteve participando, apoiando e patrocinando o evento e agora traz os principais assuntos abordados. Acompanhe!
Realizado no último dia 15 de outubro, no auditório da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo em São Paulo, na capital paulista, a edição de 2024 do Seminário da Reposição Automotiva reuniu uma plateia com mais de 400 participantes, formada por lideranças das entidades do setor e empresários e executivos de todos os elos do aftermarket automotivo, representando os fabricantes, distribuidores, varejos de autopeças e reparadores automotivos.
O encontro foi organizado pelo Grupo Photon e contou com o apoio institucional das entidades representativas do setor automotivo – ABRAFILTROS, ANDAP, ANFAPE, ASDAP, CONAREM, SICAP, SINCOPEÇAS BRASIL, SINDIPEÇAS, SINDIREPA BRASIL, e teve a Dana como uma das patrocinadoras, além de diversos profissionais da empresa participando do Seminário.
Para quem teve o privilégio de estar presente, recuperamos alguns dos assuntos ali debatidos. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de acompanhar ao vivo trazemos um resumo sobre os temas mais relevantes para um futuro não muito distante da reparação automotiva e reposição de autopeças.
Um dos painéis mais instigantes foi apresentado por Claudio Sahad, presidente do Sindipeças, que traçou um painel sobre os desafios e oportunidades da indústria automotiva brasileira nos dias de hoje, ressaltando as vantagens competitivas do país frente à crescente busca pela redução de emissões e soluções energéticas com menor emissão de carbono e sustentáveis.
O dirigente do Sindipeças e Abipeças ressaltou que a posição do Brasil é muito favorável no quesito descarbonização, pois, enquanto a matriz energética no mundo é formada por mais de 85% de fontes não-renováveis, o modelo adotado pelo Brasil está dividido, praticamente, meio-a-meio entre fontes renováveis e não renováveis.
Enquanto a Europa possui apenas 20,5% da sua energia produzida por fontes renováveis, o Brasil registra 47,4% da energia vinda de fontes com baixa emissão de carbono. Um modelo muito mais sustentável. “Está mais que claro que a eletrificação pura não será a opção para todas os países. Cada localidade implementará as tecnologias que sejam mais adequadas às suas características”, exemplificou Sahad.
Estas características permitem afirmar que o Brasil está bem posicionado para atender países do Oriente Médio, África, América Latina, assim como a Índia e localidades do sul e sudeste asiático, fornecendo motores a combustão ainda alimentados por mistura de combustíveis fósseis e biocombustíveis ou mesmo os híbridos com motor flex a combustão e elétricos, consolidando sua posição como um importante fornecedor de soluções no cenário global de descarbonização.
Sahad destacou que, enquanto o mundo investe na eletrificação, o Brasil pode equilibrar essa abordagem com tecnologias que já são amplamente dominadas no país, ajudando a reduzir a emissão de carbono sem depender exclusivamente de baterias e veículos elétricos.
Outra apresentação interessante e que interfere diretamente nas práticas rotineiras da venda de autopeças e manutenção automotiva foi “IA na reposição automotiva: Transformando desafios em oportunidades”, reflexão desenvolvida pelo engenheiro Fernando Moreira, fundador da 10X Blockinnovation.
Ele traçou um panorama sobre a evolução da tecnologia automotiva nos últimos 20 anos e apontou um cenário para um futuro bem próximo: 2030. Segundo análise realizada por Moreira, os automóveis hoje ainda atuam com sistemas semiautônomos e o foco está na manutenção preventiva e corretiva, com diagnósticos básicos.
Até 2030 deveremos ter a presença dos veículos totalmente autônomos e a manutenção será preditiva, com a personalização dos serviços via Inteligência Artificial (IA). A base para que essa disruptura ocorra é a conectividade V2X (vehicle-to-everything), uma evolução para carros conectados e inteligentes.
O V2X se trata de uma proposta de conectar o carro com tudo ao seu redor, tornando o trânsito mais confortável, eficiente e seguro, e tudo isso feito por meio da IoT, ou Internet das Coisas, termo que se refere à possibilidade de conectar qualquer coisa à internet, em serviços ou aplicações via web, ou em smartphones disponíveis na nuvem.
Com o V2X, os carros poderão ‘conversar’ entre si e também com vários objetos ao seu redor de forma direta e instantânea. Por meio dessa tecnologia o carro cria uma rede para perceber todos os agentes envolvidos no trânsito e cada um, equipado com a tecnologia, pode criar uma série de dados sobre a rua em que está circulando e dividir essas informações com outros veículos equipados com a mesma funcionalidade.
Além das apresentações, o Seminário contou com painéis de discussão com a participação de representantes abordando assuntos pertinentes à indústria de autopeças, ao setor de distribuição, ao comércio varejista de autopeças e a reparação automotiva, além de uma palestra ministrada pelo deputado estadual Tomé Abduch.
Para Marcelo Rosa, Head para o Aftermarket da Dana na América do Sul, o Seminário da Reposição Automotiva é sempre uma excelente oportunidade para discutirmos as tendências e desafios do setor, além de fortalecer nosso relacionamento com parceiros e clientes.