Eles não são grandes, mas sua responsabilidade é enorme: segurar o motor em seu lugar e não permitir que as vibrações incomodem os ocupantes do veículo. Muito prazer, esse é o coxim:
Com certeza um cliente já chegou em sua oficina reclamando que o veículo está com um barulho estrando e balançando muito. Alguns deles até arriscaram um diagnóstico: “acho que quebrou algo na suspensão”. Mas, o que muitos não sabem, é que esse barulho e a vibração que possa estar sentindo pode estar relacionado ao desgaste do coxim do motor.
É por isso, que o técnico responsável pela manutenção deve estar atento e saber identificar os sinais que o veículo apresenta e apontar o problema e a solução correta.
O coxim é uma peça que tem a função de ajudar a absorver os movimentos da carroceria, porém, a maioria das pessoas associa a peça ao amortecedor, onde o coxim fica mais visível.
Os coxins utilizados no motor têm a função de evitar que as vibrações geradas pelas partes móveis do motor, principalmente, os eixos, alavancas, virabrequim e pistões, sejam transmitidos para o interior do veículo, além de evitar que que o próprio motor se choque com a carroceria ou com outras peças durante a movimentação.
O dimensionamento de um coxim envolve diversas etapas, porém, dois tipos de distúrbios gerados pelo motor devem ser considerados ao se dimensionar e definir o posicionamento e as características do coxim: a vibração torsional devido à variação de torque no motor e os o desbalanceamento das forças dentro do motor devido ao movimento alternativo dos cilindros e ao movimento rotativo do virabrequim.
Em resumo, o coxim do motor é um dos grandes responsáveis pelo conforto acústico dos ocupantes do veículo, agindo ativamente para reduzir ao máximo a vibração do motor, e evitar qualquer tipo de ruído ou trepidação ao dar partida e durante a movimentação do automóvel.
Ele é também conhecido pelos profissionais das empresas de reparação automotiva como suporte de motor ou calço do motor, uma vez que existem coxins aplicados em diversos outros pontos do veículo, como escapamento, suspensão e câmbio, por exemplo.
Durante a elaboração do projeto do veículo, o fabricante estuda os pontos estratégicos no alojamento do motor e avalia a posição ideal para que o coxim seja instalado, intermediando o apoio do motor no chassi.
Normalmente, um veículo leve utiliza três coxins no cofre do motor. Já um SUV, utilitário, caminhão ou ônibus podem ter cinco ou mais coxins de motor em pontos diferentes.
Como os coxins do motor ficam posicionados em locais de difícil visualização, torna-se mais difícil identificar caso esteja desgastado ou quebrado, dificultando uma análise visual para a possível manutenção.
Feitos em metal e borracha, o coxim impede o contato direto entre a carroceria e o bloco do motor, absorve a vibração do motor, não deixando seja repassado para a lataria, impede que os ruídos do funcionamento do motor alcancem a cabine e evita que as vibrações causem possíveis trincas ou quebras em outros componentes, aumenta a vida útil de todos os itens do veículo.
Como se somente essas funções já não bastassem, é bom destacar que o coxim é produzido com materiais resistentes à altas temperaturas e absorção de impactos, por isso, conseguem ficar em seu alojamento e cumprir sua função por longos períodos sem ser prejudicado pelo superaquecimento e exposição a pavimentos mal conservados e intempéries.
O melhor aliado do reparador automotivo para um diagnóstico mais preciso é o ruído. Quando o veículo está fazendo barulho os diagnósticos podem variar, mas com atenção e as dicas a seguir podem ajudar a entender se o veículo precisa ou não de novos coxins.
Quando existe um coxim danificado ou desgastado, o motor fica parcialmente solto e, por isso, pode gerar barulhos e trepidações elevadas.
Observe o comportamento do veículo nas seguintes situações:
- Com o veículo parado, dê partida e observe se o volante ou a manopla do câmbio estão com vibração excessiva.
- Rode com o veículo e trafegue em ruas com pisos mais irregulares. Observe se há barulhos mais altos que o normal.
- Durante a troca de marcha, perceba se apresenta dificuldade ao engatar.
- Por fim, confira se a junta homocinética do lado do câmbio está quebrada.
Se alguns destes sintomas ou mais de um deles forem observados, é bem provável que está hora de fazer a manutenção.
Embora o desgaste do coxim do motor seja algo natural, o tempo de vida útil da peça vai depender bastante dos hábitos do motorista do veículo.
Ao surgir rachaduras, ressecamentos e perda da capacidade de manter o motor sem grande trepidação, é melhor trocar a peça.
Como forma preventiva, mesmo sem os sinais e sintomas apresentados, é recomendável que se faça a substituição do coxim do motor a cada três anos, pois dificilmente a peça apresentará um funcionamento regular após esse período.
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