O pivô deve ser substituído sempre que apresentar folga no pino esférico ou estiver com a coifa rasgada. Além disso, quando o assunto é manutenção do pivô de suspensão, lembre-se que é um item de segurança. Seu cliente agradecerá!
Quando temos que explicar ao cliente que é necessário trocar o pivô de suspensão, a reação nunca é boa. À primeira vista ele pensará nas despesas com a manutenção do veículo, o acréscimo de valor no orçamento dos serviços e as dificuldades que terá com um ou dois dias com o carro parado.
Isso é uma reação normal, pois ele não avalia o benefício em segurança e conforto que você está gerando com a substituição do pivô da suspensão. Se este componente quebrasse com o veículo em movimento poderia causar um acidente pela perda de dirigibilidade, gerando mais despesas, danos em outros componentes e até risco de vida dos ocupantes do veículo e outros transtornos.
Conhecido entre os profissionais das empresas de reparação e comércio de autopeças como pivô da suspensão, pino esférico ou articulação, é uma peça fabricada de metal e borracha que conecta a carroceria ou o chassi ao telescópio ou à manga de eixos. Ou seja, ele liga a parte fixa do carro (chassi) com a parte móvel (suspensão), permitindo o movimento angular das rodas e a dirigibilidade do veículo. Sem este movimento o veículo apenas conseguiria andar sempre em frente, sem fazer curvas ou manobras.
Por isso é comum tomarmos conhecimento de acidentes no quais os veículos seguiram direto para barrancos, ribanceiras, outros veículos ou obstáculos em consequência da quebra do pivô da suspensão.
Nestas situações, não há motorista, todos viram passageiros dentro do veículo e o acidente é praticamente inevitável. Além disso, quando as rodas sobem e descem, o pivô auxilia a movimentação da suspensão para que nenhuma peça seja forçada.
Não existe apenas um tipo de pino esférico ou articulação. Na verdade, eles podem ser divididos em 3 tipos, com as características a seguir:
- Rebitados: a peça é conectada a outros componentes com rebites ao longo de toda a sua extensão.
- De regulagem de caster: tem formato de meia-lua e sua principal característica é estar conectada a duas partes do carro, que garantem a regulagem do caster e cambagem.
- Blindados: esse pivô de suspensão fica posicionado sobre a bandeja de suspensão e tem um formato achatado.
Por conta da variação do seu formato, a troca do pivô de suspensão deverá ser feita de uma maneira diferente para cada um desses modelos.
É um item de preço bastante acessível e simples de ser trocado, mas exige atenção e inspeção constante, pois é submetido a desgastes diariamente. Com ruas mal pavimentadas e a constante solicitação de todos os componentes da suspensão, um pivô de suspensão desgastado não é um problema que deve ser adiado ou ignorado. Uma falha mais aguda resultará na separação da suspensão dianteira e na perda de controle do veículo.
Assim, a verificação do pivô de suspensão é assunto sério e frequente, para que o profissional da reparação automotiva possa avaliar a possibilidade de danos à peça.
O pivô deve ser substituído sempre que apresentar folga no pino esférico ou estiver com a coifa rasgada. Além disso, quando o assunto é manutenção do pivô de suspensão, é importante avaliar a peça sempre que:
- Identificar sinais de desgaste, como folgas na direção.
- Houver desgaste irregular dos pneus, que pode ser um dos sinais de que a peça pode não estar funcionando corretamente.
- A suspensão esteja fazendo barulhos.
- Houver recomendação no manual do fabricante do carro.
Dicas Importantes
O pivô da suspensão não pode ser consertado, reaproveitado ou recuperado. Dirigir com uma peça tão importante danificada significa assumir um risco muito alto à vida. Na dúvida, siga sempre pelo caminho mais seguro e instale uma peça nova.
Utilize as ferramentas apropriadas. Cada tipo de pivô de suspensão precisa de um procedimento de conserto diferente. Peças rebitadas, por exemplo, será necessário usar uma furadeira, um punção, uma talhadeira e um martelo. Já no caso dos pivôs prensados, pode ser necessária uma prensa hidráulica. Pancadas com um martelo podem danificar as bandejas ou braços de suspensão, além das bordas das mangas de eixo.
Embora possam durar 60.000 km ou mais, pivôs de suspensão não duram para sempre. Sua vida útil real dependerá dos hábitos de direção, condições da estrada e exposição a obstáculos, lombadas, buracos e outros fatores. À medida que a esfera e o soquete se desgastam juntos, a folga, normalmente estreita entre eles, aumentará e as partes se soltarão com o tempo.
Não tenha medo de inspecionar os pivôs de suspensão e outros itens sempre que o veículo estiver em sua oficina, nem de recomendar sua substituição, se identificar algum dano ou deficiência no componente.
A princípio, seu cliente pode até reclamar, mas com certeza agradecerá ao perceber as respostas precisas do volante sobre as rodas, o conforto e ausência de ruídos da suspensão, o menor desgaste dos pneus e a maior segurança e dirigibilidade do veículo.
Só não vá comprometer seus bons serviços com peças de baixa qualidade ou procedência duvidosa. Para isso você pode contar a linha completa de pivôs de suspensão Spicer.