O grupo MPB4 – um dos ícones da música brasileira -, João de Almeida Neto e Sérgio Rojas são os artistas que se apresentarão nas duas próximas edições dos Concertos Dana, acompanhando a Orquestra de Câmara da Ulbra. Um dos grupos vocais masculinos mais duradouros da música brasileira, o MPB4 vai dividir o palco com os músicos da orquestra no dia 8 de outubro (domingo). No dia 25 de novembro (sábado), será a vez de João de Almeida Neto e Sérgio Rojas promoverem a inusitada mistura de composições tradicionalistas com a música erudita.
Promovida pela Dana desde 2001 por meio da LIC, Lei de Incentivo a Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, a série “Concertos Dana” se reafirma como uma das mais reconhecidas iniciativas do meio musical gaúcho. “Este programa incentiva o encontro da Orquestra de Câmara da Ulbra com os mais representativos artistas do Rio Grande do Sul e também com nomes de destaque na Música Popular Brasileira, levando um espetáculo de qualidade à comunidade“, destaca Luciano Pires, diretor de Comunicação Corporativa da Dana.
Para o maestro da Orquestra de Câmara da Ulbra, Tiago Flores, a série de “Concertos Dana” é um dos mais importantes projetos musicais realizado no Rio Grande do Sul. “Pela abrangência do programa, que não privilegia nenhum ritmo ou estilo e tenta colocar todos os tipos de música feita no estado, a aceitação é espetacular, tanto dos artistas quanto do público. Milongas, chamamé, música urbana, soul e até o rock ganham o toque mais refinado da música clássica”, explica o maestro. Ele ressalta que os músicos já estão selecionando o repertório e definindo os arranjos para o show com o MPB4, e não devem faltar sucessos como Roda Viva (de Chico Buarque). A atual formação do MPB4 é composta por Aquiles Rique Reis, Milton Lima dos Santos, Magro e Dalmo Medeiros.
Ao longo de seis anos a série de Concertos Dana já promoveu mais de 20 encontros da Orquestra de Câmara da Ulbra com os mais diversos artistas – shows que foram vistos por mais de 25.000 pessoas em Porto Alegre. Nomes como Edu Lobo, Nei Lisboa, Frank Solari, Vítor Ramil, Kleiton & Kledir, Yamandú Costa e Luís Carlos Borges, entre outros, já participaram das edições anteriores.
Evento: Concertos Dana
Artista convidado: MPB4
Regência: Maestro Tiago Flores
Local: Salão da Atos da Reitoria da UFRGS (Av. Paulo Gama, s/n.º fones (51) 3316.3058/ 3316.3066)
Data: 8 de outubro (domingo), às 19h
Ingresso: R$ 15,00
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MPB4 – biografia
Um dos grupos vocais masculinos mais duradouros da música brasileira, seus integrantes começaram a cantar juntos no Rio de Janeiro em 1962, inicialmente como trio: Ruy, Aquiles e Miltinho, ainda sem o tecladista e arranjador Magro. As primeiras apresentações foram nos CPCs (Centros Populares de Cultura) da UNE (União Nacional dos Estudantes), e depois da entrada de Magro ficaram conhecidos como Quarteto do CPC.
O nome MPB-4 veio em 1964, por sugestão do jornalista Sérgio Porto. No mesmo ano gravaram o primeiro compacto, com a música “Samba Bem” (Luiz José). No ano seguinte, apresentaram-se em São Paulo com o Quarteto em Cy na boate Le Club, e um pouco mais tarde conheceram Chico Buarque. Ainda com o Quarteto em Cy, e mais Rosinha de Valença e Oscar Castro Neves, fizeram, no Rio de Janeiro, em 1965, o espetáculo “Contraponto” na boate Zum Zum. Pouco tempo depois participaram do famoso espetáculo “O Samba Pede Passagem”, cantando ao lado de Baden Powell, Aracy de Almeida, e Ismael Silva.
Participaram ainda de outros espetáculos que movimentavam a cena cultural carioca e paulista na segunda metade da década de 60, e gravaram o LP “MPB-4” em 1966. No mesmo ano participaram do II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com “Canção de Não Cantar”, de Sergio Bittencourt. Na edição de 1967 do mesmo festival, fizeram muito sucesso defendendo “Gabriela” (Maranhão) e “Roda Viva” (Chico Buarque). Foram os primeiros a gravar Aldir Blanc, com a música “Amigo É pra Essas Coisas” (com Silvio da Silva Jr.), em 1970. A ligação do MPB-4 com Chico Buarque foi, desde o início, muito próxima. O quarteto gravou diversas músicas de sucesso, como “Ela Desatinou”, “Benvinda” e “Partido Alto”.
Nas décadas de 70 e 80 seguiram gravando compositores brasileiros, principalmente sambas, e gravando LPs com freqüência. Nos anos 90 seguiram em plena atividade, caracterizando-se pela fidelidade ao repertório brasileiro de qualidade, com arranjos e produções bem cuidados. Excursionam regularmente por cidades no Brasil e pelo exterior.