O espetáculo de 2004 foi a reprise muito esperada do concerto que reuniu o virtuosismo de Frank Solari e Yamandú Costa com a Orquestra de Câmara da Ulbra. Em 2003, a apresentação de Frank e Yamandú foi um sucesso tamanho que faltaram ingressos para o público interessado.
Com o concerto de setembro de 2004 não foi diferente. O encontro da guitarra elétrica de Frank com o violão de sete cordas totalmente acústico de Yamandú lotou o Salão de Atos da Ufrgs.
A apresentação começou com a execução de uma música composta pela Orquestra de Câmara e pelo maestro Tiago Flores. Platéia emocionada, aplausos calorosos.
Depois, também muito aplaudido, Frank Solari começou seu show fazendo uma versão de “Kashmir”, música do grupo britânico Led Zeppelin, conquistando a platéia de primeira. Em seguida, músicas instrumentais de sua autoria, como “Lucky girl” e “Lifestyle” foram mescladas com os arranjos da orquestra.
Enquanto isso, nos bastidores, Yamandú Costa estava muito nervoso. A responsabilidade de tocar com a orquestra pesa mais uma vez. Ele está acostumado à liberdade total de suas apresentações solos, nas quais o improviso muitas vezes se sobrepõe às partituras, mas com a orquestra é bem diferente. Mas o virtuosismo de Yamandú está acima de qualquer coisa. A apresentação com a orquestra desmente o nervosismo dos bastidores.
Yamandú sobe ao palco com o inseparável violão à mão, pronto para tocar “Brejeiro”, “Chamamé” e “Chorando por amizade”. Após, Yamandú e Frank se encontram no palco. Com a orquestra, tocam três números. Aplausos intermináveis, platéia toda de pé. O bis com a orquestra é o grande finale com “Apanhei-te, Cavaquinho”. Nova ovação. Platéia em delírio. Frank e Yamandú tocam “Brasileirinho” e depois improvisam um blues. Haja coração!