skip to Main Content
César Oliveira & Rogério Melo, Daniel Torres E Guri De Uruguaiana
César Oliveira & Rogério Melo, Guri de Uruguaiana, Tiago Flores e Daniel Torres - Foto: Marcos Massa

Que baita concerto! Nosso muito obrigado a todos os amigos que estiveram presentes no Concertos Dana gaudério realizado no dia 11 de outubro, no Salão de Atos da UFRGS. Nosso agradecimento bagual a César Oliveira & Rogério Melo, Daniel Torres e ao Guri de Uruguaiana por nos presentear com tanto talento, alegria e generosidade, dentro e fora do palco.

Foi uma noite que uniu lindas canções, pilchas e figurinos, bom humor e solidariedade. Dando continuidade ao caráter social do projeto, um terço do valor arrecadado na bilheteria será doado para a compra de alimentos através do Banco de Alimentos de Gravataí.

Neste clima de alegrias e experiências compartilhadas, César Oliveira & Rogério Melo abriram o concerto com a polca “Paleteada”, canção de Rogério Villagran e César Oliveira. Acompanhados do acordeonista Edilberto Bérgamo e do violonista André Teixeira – grandes instrumentistas! – César e Rogério soltaram a voz e empolgaram os fãs da música regionalista.

Amigos desde a infância, mas atuando oficialmente como dueto desde 2002, a dupla continuou o concerto com a valsa “Última Lembrança”. O clássico de Luiz Menezes – composto na década de 60 e já interpretado por vários artistas – veio com belo arranjo de Paulo Aragão e ganhou fortes aplausos da plateia.

Concertos Dana

César Oliveira & Rogério Melo, Tiago Flores e Orquestra
Foto: Marcos Massa

Assim como as duas músicas seguintes: “Apaysanado” e “Lá na Fronteira”, ambas compostas por Anomar Danúbio Vieira e Marcello Caminha. As animadas chimarritas – que têm como característica o bater de pés e mãos – ganharam arranjos macanudos de Daniel Wolff e Iuri Correa, respectivamente.

Logo depois foi a vez de “Pra Bailar de Cola Atada”, arranjada por Alexandre Ostrowski, contagiar o público e deixar um clima de bailanta no Salão de Atos. Os músicos já tinham dado a dica: “Gaiteiro é quem manda, tchê!”. Com direito a palmas, pandeiro e alegria comandada pelo acordeom, César e Rogério fizeram uma apresentação pra gaudério nenhum botar defeito!

Depois do regionalismo clássico, era hora do humor e irreverência do Guri de Uruguaiana. E ele veio inspirado, cheio de tiradas, jeitos e trejeitos. Com ele, seus personagens “Guri Fernandes” e “Guritles” interpretando “Canto Alegretense” à la Paula Fernandes e Beatles. As engraçadíssimas versões de “Não Precisa” e “Help” – com participação especial de Licurgo Starr e os garotos de Liverpool, ops, de Uruguaiana! – arrancaram gargalhadas da plateia.

Concertos Dana

Guri de Uruguaiana e Orquestra
Foto: Marcos Massa

E ainda tinha muito mais. O Concerto deu outra guinada com a entrada do compositor e premiado intérprete Daniel Torres, que abriu sua participação com a canção “Simplesmente Latino”, arranjada por Daniel Sá. No violão, outro virtuoso, Maurício Marques. Letra, sotaque e voz incomparável deram a pista de que o público seria presenteado com o melhor da música latino-americana.
E foi o que se viu com a pérola “Años”, canção do cubano Pablo Milanes, e a belíssima “Pealo de Sangue”, de Raul Elwanger. As duas canções foram lindamente apresentadas por um Daniel Torres emocionado, que tocou a plateia com a dramaticidade de suas interpretações. Destaque para os primorosos arranjos de Michel Dorffman.

No número seguinte, Torres trouxe um sucesso do argentino Fito Paez com generoso arranjo de Pedrinho Figueiredo: “Un Vestido y Un Amor”. Daniel encerrou sua participação com os versos de “Solo Pido a Dios”, música de Leon Gieco, que ganhou o mundo na voz de Mercedes Sosa e tantos outros.

Concertos Dana

Tiago Flores e Daniel Torres
Foto: Marcos Massa

Para novamente mudar o tom do espetáculo, Jair Kobe voltou ao palco para mais um momento antológico. Era a vez do Guri de Uruguaiana dar vida a “Gurigles” e “Gurillage People” e mesclar seu canto pra lá de alegretense com os clássicos “Hotel California (da Canção Nativa)” e “YMCA”. A plateia embarcou com ele na brincadeira – claro! – e acompanhou a coreografia do sexteto gaudério às gargalhadas.

As versões inusitadas do “Canto Alegretense”, com todos os solistas no palco, prestaram uma homenagem à altura deste clássico. A canção de Nico e Bagre Fagundes foi fervorosamente entoada por todo o Salão de Atos.

E então a peça final veio de improviso: “Querência Amada”, hino do saudoso Teixeirinha, foi declamado com a devida pompa por Daniel, César, Rogério e Guri… e também por Franciscos, Mirelas, Eduardos, Karlas, Ângelos, Lucindas e tantos outros fãs desta e de outras querências que têm orgulho em cantar “Viva o Rio Grande do Sul”.