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Julio, Pedro, Leo, Zé Darcy, Malásia, DJ Anderson, Marcito, Tonho Crocco e Maestro Tiago Flores. Imagem: Fernanda Chemale

Nem o frio de 12° conseguiu esfriar a adrenalina dos fãs que lotaram o Salão de Atos da Ufrgs para conferir um dos encontros mais inusitados da música gaúcha: os arranjos eruditos da Orquestra de Câmara da Ulbra com o mix de rap, rock, funk, reggae, soul music e outros ritmos de uma das bandas mais consagradas da cena porto-alegrense – Ultramen, cujo nome é inspirado, claro, no célebre herói da TV japonesa, também sucesso nos anos 70 no Brasil.

O show reuniu 13 músicas, pinçadas dos CDs da banda, e também algumas músicas inéditas. O público vibrou ao som de pérolas como “Dívida”, “Preserve”, “Bico de Luz” e “Justiça Divina”.

Foi a primeira vez que a banda de oito integrantes e 15 anos de estrada subiu ao palco com uma orquestra completa – já haviam tocado com um quarteto de cordas, no ano anterior, no Theatro São Pedro. A experiência facilitou no entrosamento com a Orquestra da Ulbra e também na familiaridade da banda com os arranjos. Os músicos curtiram toda a experiência, desde os ensaios, onde opinaram bastante nos arranjos e entraram em sintonia com a orquestra, até o momento do bis.

O baterista Zé Darcy disse que foi preciso muita disciplina para que a banda não fizesse nenhum improviso, o que acontece muito nos shows. A mãe de Zé Darcy, Dona Alma Denardim, contou que aquele era apenas o terceiro show da Ultramen que ela foi conferir em 15 anos de banda do filho. Mas esse ela não poderia perder.

Na platéia, além dos fãs, muitos amigos, músicos de outras bandas, familiares e curiosos. Ninguém queria perder um encontro de ritmos tão inusitado.

E ninguém se arrependeu. A noite foi uma explosão de sons e alegria. O saldo? A fusão de samplers e scratches com violinos e violoncelos fez daquela uma noite única, para se lembrar por toda a vida.