Apenas uma olhada na platéia que se reunia no Teatro da OSPA já prenunciava o que se ouviria no palco. Um público agitado aguardava com indisfarçada ansiedade a entrada de seu grupo favorito, os Papas da Língua.
E os Papas da Língua, os papas do pop, entraram em cena. E com eles toda uma multidão de fãs. A novidade é que não era apenas mais um show da banda, mas um salto de qualidade na história dos músicos. Eles estavam no palco para tocar suas canções com a conceituada Orquestra de Câmara da Ulbra, com arranjos especialmente escritos para a ocasião.
Uma ocasião de luxo, como ficou evidente no transcorrer do alegre e vibrante concerto. Os arranjos para canções como “Dia de Sol” e “Sorte” – um antigo sucesso dos anos 80, que os Papas regravaram com participação vocal de Adriana Calcanhoto – deram um verdadeiro upgrade no trabalho de Serginho Moah, Leo Henkin, Fernando Pezão e Zé Natálio.
Era evidente a emoção, e até um certo nervosismo da banda, diante da responsabilidade de tocar com uma orquestra competente e experiente como é a Orquestra da Ulbra.
Mas no final, como em Shakespeare, tudo está bem quando acaba bem. E assim foi com os Papas da Língua, que mostraram seus grandes sucessos iluminados pelas cordas perfeitas da orquestra, tão brilhantemente comandadas pelo maestro Tiago Flores.