Um já foi considerado um dos mais importantes e influentes compositores do Rio Grande do Sul. O outro empresta a poesia de suas composições para a interpretação de grandes nomes da música popular brasileira. Uma noite que emocionou platéia e artistas. Assim foi o concerto com Nelson Coelho de Castro e Antonio Villeroy, estrelas de primeira grandeza da música popular brasileira.
O Salão de Atos da Ufrgs estava lotado. O show começou com a calma “Ver-te algo teu”, de Nelson Coelho de Castro, e seguiu com um clássico da MPB, “Verniz da madrugada”, um reggae acompanhado em coro pela platéia, que terminou com aplausos emocionados do público. Nelson não conseguiu cantar: emocionou-se, apoiou-se no microfone e chorou a olhos vistos. Foi aplaudido com igual emoção pelo público. E o espetáculo estava apenas começando.
A seguir, Nelson emendou a canção “Tão bonita voz”, com arranjo de Iuri Correa. Logo após, era a vez de “No braço com a vida”, com um belo e complexo arranjo de bateria.
Em seguida, o maior sucesso de Nelson, “Vim vadiá”, acompanhado em coro pelo público. Com uma ajuda especial do maestro Tiago Flores, que assobiou a introdução da música, o arranjo de Arthur Barbosa trouxe uma grande inovação: em um determinado momento da música, os músicos da orquestra param de tocar seus instrumentos e começam a marcar o ritmo com palmas, em diferentes lugares do corpo: braços, pernas, tronco. Ao final da música, a platéia resolveu participar. Neste momento, Antonio Villeroy entrou no palco para interpretar a música que ele e Nelson escreveram em homenagem a Porto Alegre, “Povoado das águas”.
Antonio deu seqüência ao espetáculo com “Sinal dos tempos”, uma de suas composições mais recentes, seguida por “Ela não sabe dizer adeus”, uma canção sobre amores desencontrados.
Em seguida, Antonio cantou “Pra rua me levar”, composição que ele e Ana Carolina fizeram especialmente para Maria Bethânia, e se tornou um grande sucesso na voz de Ana. Depois, foi a vez de “Una louca tempestade”, parceria de Antonio com Bebeto Alves.
Para encerrar o show, “Quero pegar”, canção com um arranjo grandioso. Ao final, a consagração: os artistas são aplaudidos de pé e fizeram a clássica dobradinha do bis. Escolheram “Vim vadiá”, que Nelson e Antonio cantaram em dueto e “Pra rua me levar”. Os músicos saíram do palco emocionados. O público? Foi para casa em estado de graça.
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