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Conta simples do presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes: a valorização cambial de janeiro ao início de março, em torno de R$ 0,60, causou impacto de R$ 8 bilhões nos custos da indústria somente com relação à importação de peças.
Outra conta simples: cada automóvel produzido ficou, em média, R$ 2,6 mil mais caro.
Embora o cálculo utilize matemática básica – há ainda diversos outros fatores a serem ponderados, como o hedge das exportações, o ganho de produtividade etc – é um indício de que estão por vir correções nas tabelas de preços das montadoras nos próximos meses.
Claro que ninguém na indústria confirma oficialmente reajuste dos preços atrelado ao dólar, mesmo que alguns modelos recém-apresentados, como o Toyota Corola e o Chevrolet Onix, sejam ofertados com valores anabolizados em todas as versões.
Em conversas da equipe de AutoData com alguns representantes das montadoras o que mais escutamos é que “será muito difícil segurar os preços”. A maior dificuldade do momento é absorver o aumento de 15% somente no custo cambial. E isso foi na semana passada, antes da trágica segunda-feira, 10, e desta quinta-feira, 12, momentos de grande apreensão e paralisação da Ibovespa com valorização expressiva da moeda norte-americana.
O presidente da Anfavea admitiu a possibilidade do repasse, mas lembrou que isso dependerá dos planos de cada montadora. (UOL Carros/Leandro Alves)