AutoIndústria
No fim de agosto o Citroën C4 Cactus completará um ano de seu lançamento oficial. Os primeiros licenciamentos, porém, foram registrados em outubro de 2018, quando efetivamente o veículo chegou às concessionárias. Mas mesmo com tão pouco tempo no mercado o modelo fabricado em Porto Real (RJ) se tornou, de longe, o principal produto da marca francesa no Brasil.
Nesses dez meses, o utilitário esportivo acumula quase 12,6 mil unidades negociadas. De janeiro as julho deste ano foram pouco mais de 9,2 mil, equivalentes a nada menos do que 59% de todos automóveis e comerciais leves que a Citroën vendeu aqui.
A participação do modelo só no universo de automóveis da marca é ainda maior: 64%. Ou seja, de cada dez carros da Citroën emplacados, 6 são do SUV.
O segundo carro mais vendido da marca é o C3, o mais veterano da linha. Foram emplacadas 2,1 mil unidades do compacto nos primeiros sete meses do ano. O SUV, portanto, vendeu quatro vezes mais, uma diferença que naturalmente não será recuperada até dezembro.
Assim, já em seu primeiro ano, o Cactus será o Citroën mais vendido do País, desbancando o Aircross, que em 2018 somou 5,5 mil dos 20,3 mil veículos da marca negociados. Esse desempenho do utilitário esportivo, contudo, está um pouco aquém do imaginado por Ana Theres Borsari, presidente da empresa no Brasil.
Durante a apresentação do Cactus, ela projetou de 20 mil a 25 mil unidades negociadas em 2019, objetivo que, para ser alcançado, demandará aumentar a média mensal de vendas de agosto a dezembro para 2 mil unidades.
Desafio maior então será concretizar a projeção para toda a marca revelada no mesmo dia. Com o novo modelo, afirmou a executiva, a Citroën poderia até duplicar os emplacamentos do ano passado, beirando 50 mil unidades em 2019.
O resultado acumulado até julho, apesar do crescimento bem acima da média do mercado, está bem distante disso. Os quase 15,8 mil emplacamentos superaram em 41% o total negociado nos primeiros sete meses de 2018. Ainda assim, a marca teria que somar mais de 34 mil veículos nos últimos 5 meses de 2019 para cumprir com a expectativa inicial da empresa. Ou, perto de 7 mil por mês. (AutoIndústria/George Guimarães)