Marcopolo prevê funcionamento pleno para novo centro de fabricação até dezembro de 2019

Diário do Transporte

 

A encarroçadora de ônibus Marcopolo prevê o funcionamento pleno para o centro de fabricação até dezembro de 2019. As instalações foram apresentadas aos veículos de comunicação do setor, incluindo o Diário do Transporte, nesta terça-feira, 19 de fevereiro.

 

A encarroçadora de ônibus Marcopolo inaugurou a unidade em Ana Rech, Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, em 7 de fevereiro de 2019.

 

Até o momento, o local está com a fabricação de produtos metálicos e, segundo o coordenador de manufatura André Luís Matté, até o fim deste ano o pavilhão receberá a produção que é realizada na unidade do bairro Planalto, que será completamente transferida, assim como a produção de ônibus da NEOBUS.

 

“Durante as férias coletivas, aproveitamos para transferir a primeira unidade para o novo centro de fabricação”, disse o executivo.

 

As atividades do bairro Planalto serão transferidas porque, segundo o executivo, os arredores tornaram-se estritamente residenciais e a movimentação de veículos para carga e descarga ficou mais difícil de ser feita.

 

As obras do novo centro de fabricação foram realizadas de 28 de fevereiro de 2018 a 28 de dezembro do ano passado.

 

A empresa informou que investiu cerca de R$ 70 milhões no empreendimento, sendo R$ 30 milhões já aplicado.

 

O espaço possui área construída de 19.600 m². O novo Centro de Fabricação conta inicialmente com 180 funcionários.

 

Estrutura e histórico do projeto

 

O projeto de desenvolvimento e construção do Centro de Fabricações teve início em novembro de 2017. Na época, foi criada uma equipe multidisciplinar para planejar, projetar e executar o projeto. Nesse processo, 223 colaboradores participaram com sugestões, segundo a Marcopolo.

 

Em seguida, foi criada uma maquete, pelo método 3P, com um micro layout da planta e de seus 305 equipamentos. No dia 28 de fevereiro de 2018, teve início a execução da obra da nova planta, com conclusão da construção no final de dezembro. Foram realizados 11 kaizens (metodologia que permite baixar os custos e melhorar a produtividade) em 692 horas dos 75 colaboradores que formaram a equipe dedicada.

 

Confira o vídeo institucional de apresentação do projeto:

 

A Marcopolo informou ainda que o centro de fabricações está dividido entre as seguintes áreas:

 

Célula de corte a laser de tubos;

Célula de conformadoras de tubos;

Célula de corte a laser de chapas;

Célula de corte de puncionadeiras de chapas;

Célula de corte a plasma de chapas;

Centro automatizado de dobras de chapas;

Célula de guilhotinas;

Célula de prensas com área de ferramentaria com objetivo de manutenção preventiva e corretiva, tendo planejada a realização do preset;

Nova linha de tratamento superficial de alumínio e aço;

Linha de montagem de conjuntos de portas e aberturas laterais de alumínio;

Célula de fabricação de mecanismos diversos;

Células de montagem e solda.

 

Incêndio

 

Um incêndio atingiu a unidade de plásticos da encarroçadora Marcopolo em 3 de setembro de 2017. Na ocasião, a fatalidade reduziu produção de ônibus em 40% no mês do ocorrido e um comitê de retomada foi criado.

 

Relembre: Marcopolo cria comitê de retomada por causa de incêndio, diz diretor geral em vídeo

 

Após o incêndio, a Marcopolo decidiu fazer um investimento além do dinheiro do seguro recebido e ampliou o prédio em aproximadamente 4 mil m² em relação à estrutura anterior.

 

Antes do ocorrido, o local era utilizado apenas para fabricação de plásticos. Depois de o local ser destruído pelas chamas, as peças injetadas, materiais plásticos e de acabamento passaram a ser produzidas em unidades da Marcopolo em Caxias do Sul, Rio de Janeiro e empresas parceiras, para que a produção pudesse continuar.

 

Segundo Matté, o local segue todas as normas de segurança exigidas atualmente e diversas precauções foram tomadas para que não ocorra um novo incidente.

 

“O local possui isolamento térmico para as pessoas, ventilação adequada, sistema de canalização de água, sistema de combate a incêndio e sistema de prevenção a incêndio localizado. Conseguimos fazer uma separação por área, para poder dividir na hora de desligar equipamentos, o que causa um impacto menor numa eventualidade”, disse o responsável pela manufatura da Marcopolo. (Diário do Transporte/Jessica Marques)