Mercado de combustíveis do Brasil crescerá em 2017 após 2 anos de queda, diz ANP

Reuters

 

As vendas totais de combustíveis no Brasil neste ano terão um pequeno aumento ante 2016, após dois anos de queda no consumo, em períodos marcados por recessão em 2015 e 2016, graças a um início de recuperação da atividade econômica em 2017.

 

O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Aurélio Amaral afirmou nesta quinta-feira que o mercado de combustíveis voltará a crescer neste ano em meio à expansão da economia.

 

As vendas estão sendo puxadas principalmente pela gasolina e diesel em 2017, apesar de uma forte alta nos preços, que tende a limitar o consumo.

 

“Será um pequeno aumento em relação a 2016… por conta do retorno da economia… e a gasolina foi mais competitiva que o etanol neste ano e deve puxar”, disse Amaral a jornalistas em evento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no Rio de Janeiro.

 

“Além disso, o diesel sempre acompanha o ritmo da economia… se o PIB (Produto Interno Bruto) cresce, o diesel também acompanha”, completou ele, enquanto o país se recupera de sua recessão mais longa.

 

A esperada retomada das vendas de combustíveis é uma boa notícia para a BR Distribuidora, que passará a ser negociada na B3 na sexta-feira, e para companhias como a Raízen, dos grupos Cosan e Shell, e a Ipiranga, da Ultrapar.

 

As informações mais recentes da ANP indicam que as vendas de combustíveis no país de janeiro a outubro cresceram 0,2% ante o mesmo período de 2016.

 

Em outubro, o consumo no acumulado do ano marcou a primeira alta de 2017.

 

Entre janeiro e outubro, as vendas de diesel subiram 0,4%, ante o mesmo período de 2016, enquanto as da gasolina cresceram 5% na mesma comparação.

 

O avanço das vendas apontado por Amaral, mesmo que tímido, aconteceria apesar dos preços mais altos dos combustíveis no Brasil, especialmente diesel e gasolina, após o impacto de alta no PIS/Cofins nos combustíveis e com a Petrobras repassando avanços das cotações internacionais. (Reuters/Rodrigo Viga Gaier)