Carro “inglês” pode perder mercado

Jornal do Carro

 

Montadoras asiáticas com fábricas no Reino Unido, e que têm boa parte de suas exportações destinada a países da União Europeia, informam que podem diminuir – ou mesmo “congelar” – investimentos na região, após a decisão de deixar a Comunidade Europeia.

 

De acordo com a agência Reuters, marcas como Toyota e Nissan estão entre as montadoras preocupadas com as incertezas que podem vir a partir da decisão do Reino Unido de abandonar o bloco europeu.

 

As duas empresas afirmaram que, para o bem de suas operações na Inglaterra, era preferível permanecer na União Europeia.

 

Surpreendentemente, na área de Sunderland, no norte da Inglaterra, onde a Nissan tem fábrica, a votação foi amplamente favorável ao ‘leave’, a decisão de deixar a comunidade europeia.

 

O grupo Jaguar Land Rover (JLR), pertencente à indiana Tata Motors, é o maior fabricante do país, seguido da Nissan, montadora presente na Inglaterra há três décadas. A empresa japonesa produz 475 mil veículos por ano na Inglaterra, sendo boa parte destinada à exportação.

 

Segundo apuração da Reuters, o lucro anual do grupo Jaguar Land Rover pode ter corte de 1 bilhão de libras (R$ 4,6 bilhões) até o fim da década, como resultado do Brexit (a decisão de saída do bloco). Até hoje, as exportações da Grã Bretanha para a União Europeia eram isentas de tarifas. Mas não se sabe como será a taxação a partir de agora.

 

A Toyota informa que o imposto não pode ser maior do que 10%, sob pena de comprometer preços ou margens de lucro.

 

A montadora produziu 190 mil carros no ano passado no Reino Unido, sendo que 75% foram destinados à União Europeia. (Jornal do Carro)