Venda de aço plano por distribuidores do Brasil recua 22,4% em janeiro sobre um ano antes, diz Credit Suisse

Reuters

 

As vendas de aço plano por distribuidores do Brasil recuaram 22,4% em janeiro ante mesmo mês de 2015, para 241,5 mil toneladas, segundo dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) compilados pelo Credit Suisse. Na comparação com dezembro, porém, houve alta de 27,6%.

 

Para fevereiro, a expectativa do Inda é de vendas estáveis frente a janeiro, o que, conforme o relatório do banco distribuído a clientes, ainda significaria níveis 20% menores do que fevereiro de 2015.

 

A entidade divulgou na véspera os números de janeiro apenas para analistas e faz o mesmo para jornalistas nesta terça-feira.

 

Os estoques de janeiro somaram 924,4 mil toneladas, equivalente a 3,8 meses de vendas, segundo os dados do Inda citados pelo Credit Suisse, que considerou o volume ainda elevado. Um ano atrás, o total estocado equivalia a 3,4 meses e em dezembro de 2015, 4,9 meses.

 

As compras de material pelos distribuidores somaram 244,2 mil toneladas no mês passado, queda de 23,8% na base anual, mas alta de 38,8% na comparação mensal, segundo os analistas.

 

“Os números para este mês vieram melhores do que a estimativa anterior do instituto (alta de 12% nas vendas e nas compras)”, destacou o Credit Suisse. O analista Ivano Westin e equipe, contudo, citaram que, apesar da recuperação sequencial, “ainda existem dados suficientes que apoiam uma visão negativa dos números”.

 

A produção brasileira de aço bruto em janeiro teve o pior desempenho para o mês desde 2009, somando 2,451 milhões de toneladas, queda de 17,9% sobre o resultado de um ano antes, segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr), que representa as siderúrgicas instaladas no país.

 

Diante deste cenário, a Usiminas, maior produtora de aço plano do Brasil em capacidade instalada, informou na semana passada que não está vislumbrando espaço para aumentos de preços de aço no mercado interno e trabalha com um cenário de estabilidade. (Reuters/Paula Arend Laier)