Poucas coisas podem ser tão difíceis de escrever como o suposto fechamento de um projeto deste porte. Fizemos aqui os mais que merecidos agradecimentos e reconhecimentos, mesmo que tardios. Mas, acima de tudo, registramos a alegria de vermos todo este grande esforço de tantos ser coroado, enfim, com um registro na internet à altura de tudo o que foi feito, sete anos depois de termos começado. Neste site, compartilhamos registros, histórias e detalhes de uma saga incrível, que continua emocionando e inspirando.
Mas vamos lá. Agradecemos a:
Douglas Cavallari, pelo sonho, perseverança, visão e impagável capacidade de “colocar a mão na massa”, sem medir esforços e com capacidade para fazer acontecer – até em outro continente. O Douglas fez o projeto nascer ao unir o que até então não tinha sido possível unir. Um herói – com quem tive a honra de trabalhar neste projeto em especial – protagonista de memórias incríveis e peripécias emocionantes, que recebe aqui uma homenagem modesta, mas sincera e merecida.
Wilson Fittipaldi Jr., por, depois de tanto tempo, depois de tantos apertos, topar abrir o baú, acreditar no que propusemos – que parecia bom demais para ser verdade – e embarcar novamente nesta jornada, desta vez para reescrever a história com respeito e cabeça erguida. Tem sido uma honra trabalhar perto e com ele.
Emerson Fittipaldi, por topar, sem grandes perguntas ou empecilhos, a nossa proposta bem intencionada – mas que era incerta em muitos pontos. Ganhamos um voto de confiança que, temos certeza, honramos. Somos muito gratos por este voto, por ter acreditado em nós e no nosso sonho. Que era o deles, desde muito antes.
Ricardo Divila, por compartilhar conosco as histórias com um espírito de moleque e atravessar o planeta para estar perto na hora certa, sempre que precisamos.
Darci Medeiros, com aquele jeito brejeiro e “na dele”, foi o maior herói dos anos de ostracismo ao desobedecer as ordens dos Fittipaldi e guardar na oficina componentes vitais para a restauração dos carros. Não importa o quanto se agradeça, não estaremos fazendo justiça ao serviço que Darci prestou. E de quebra, depois de tantos anos, remontou este quebra-cabeças.
Lemyr Martins, pela inspiração, amizade, gentileza e uma parceria sem limites, nos dando o maior dos presentes, o conhecimento, suas fotos e histórias de quem viveu junto o que era escrito, sempre com a prosa deliciosa que lhe é característica.
Luciano Pires, que fez mais do que podia na posição de principal agente patrocinador da iniciativa, além de participar ativamente na geração do conteúdo e nos inspirar na busca por fazer acontecer, além de acreditar no potencial do ROI desde o início do projeto, quando o Douglas chegou com a “ideia maluca”. Um “louco” acreditando noutro, que motivou outros e… também fizemos história.
Hugo Ferreira, que num dia longínquo, no começo da década de 70, recebeu a notícia de que o Sr. Wilson Fittipaldi Jr. desejava conversar com alguém da então Albarus, e mais de 30 anos depois deu o apoio que precisávamos para embarcar nesta jornada que transcende o imediato e mensurável em termos de patrocínio.
Erni Koppe, Benedito Santoro e Francisco D’Avila, o trio que deu continuidade ao envolvimento técnico da Albarus nos anos 70, que tantos anos depois nos permitiu unir o útil ao agradável.
João Paolo Pascoale, o Paolo, outro pai da operação de recuperação que tanto nos ajudou nos acertos e nas muitas amarrações de um projeto complexo, histórico, sem grandes documentações. Uma exploração que mesclou conhecimento com aventura.
Sid Mosca, que soltou a mão novamente para reviver os traços e cores do colibri, sempre com aquele sorriso no canto da boca que lhe é emblemático, um sinal claro de quem sabe a beleza que está recriando.
Celso Duarte, um parceiro nos apertos e momentos de incerteza, com fé e perseverança.
Augusto Diegues, um grande companheiro dos bastidores, que tanto ajudou na produção do material gráfico, na pesquisa e escolha das fotos.
Ricardo Rollo, que começou como fotógrafo e virou amigo. Impossível conter a simpatia ao vê-lo deitado de lado no asfalto para tirar uma foto do FD-01 de um ângulo que… bem, só ele podia pré-visualizar como incrível seria. E que de fato o é.
Marcelo Spatafora, fotógrafo e logo amigo, que topou embarcar na jornada mais ou menos na altura dos pré-testes, em Indaiatuba, e que nos ajudou a registrar tudo com um olhar cúmplice e curioso, de quem descobre e gosta de compartilhar o que descobre.
Carlos Larangeira, um grande fotógrafo, um veterano com espírito de moleque, especialmente quando se trata de carros, ainda mais de corrida, que contribuiu com imagens dos tempos iniciais e da reunião do time de mecânicos.
Margarete Dambrowski, por editar, consolidar, garimpar e costurar tanta informação de forma que pudéssemos realizar mais este sonho de registrar na web esta história, fazendo jus ao todo, com carinho e dedicação, com amor pela história escrita, antes de mais nada.
Foram muitos os amigos que se uniram ao projeto, nas mais diversas fases. Os modelistas e suas incríveis miniaturas; o pessoal de suporte gráfico, que nos ajudou com os tantos banners e adesivos; os diretores de arte que criaram convites, peças gráficas, registros visuais; os tantos jornalistas que registraram este projeto das mais diversas maneiras; o time de transporte dos carros, de limpeza e preparação; os amigos que ajudaram na busca por um parafuso especial, uma caneta para pintar o branco do pneu. Cada um teve as suas razões para ajudar. Mas sempre há um ponto em comum: este projeto foi uma das experiências mais incríveis da vida de muitos de nós. E é uma história com poder de mobilização fora do comum. Foram muitos os depoimentos que recebemos nestes anos todos, em exposições, e-mails, telefonemas. Até no Twitter temos vários amigos da causa.
Como colaboradores da Dana, ex-colaboradores da Dana ou da Albarus ou mesmo simpatizantes do tema – ou da causa – como me parece mais apropriado e respeitoso – somos todos afortunados. Tivemos o privilégio de trabalhar com pessoas incríveis, recuperar um pedaço da nossa história que estava injustamente no fundo de um galpão. Orgulho é pouco para descrever o que se vê neste site. Portanto, este não é um encerramento, é mais uma nota de rodapé de uma história incrível, que impressiona e inspira muitos, há muito tempo. Que se conserve assim.
Luis Pedro Ferreira
Gerente de Comunicação Corporativa e Marketing
Dana Brasil
São Paulo, maio de 2010.