O ano é 1958. Em Teerão, o músico Nasser Ali Khan teve uma grande briga com sua esposa, que quebra seu tar (um instrumento típico daquele país). Não só um instrumento musical tradicional persa, trata-se de um objeto preciosíssimo para ele, herdado ainda no início de sua formação como músico. A busca por um instrumento semelhante fará Nasser relembrar as escolhas que fez e encarar o próprio talento artístico que o fez tornar-se quem é.
Nasser Ali Khan é tio-avô da premiada autora Marjane Satrapi, de “Persépolis”e, artista como ela, é sensível e entra em depressão a partir da quebra do seu tar.
O livro chama a atenção pela combinação da simplicidade dos desenhos com uma notável capacidade para contar histórias, em que um humor peculiar tempera o misticismo persa, as complicadas relações com a cultura ocidental e a singularidade da família de Marjane. O que pode parecer uma história bastante específica se mostra universa.