O Estado de S. Paulo
A BYD, que ocupa a 10ª posição na lista de marcas de veículos com mais vendas no Brasil no primeiro semestre, mantém uma estratégia agressiva de lançamentos no País. O mais recente é o Song Pro, que passa a ser o SUV híbrido plugin mais barato do mercado, nas versões GL, a R$ 189.800, e GS, a R$ 199.800.
Segundo a marca, esses preços valem para as 3 mil primeiras unidades do chinês – depois, a tabela subirá R$ 6 mil. Vale lembrar que o SUV é um dos modelos que a BYD produzirá em Camaçari, na Bahia.
O Song Pro é, basicamente, uma reestilização do Plus antigo – embora a BYD tente emplacar a ideia de que são carros diferentes. Ter duas gerações de um mesmo modelo à venda é algo que a RAM, por exemplo, fez com a 1500 e a Classic, que recentemente ganhou versão de despedida no Brasil.
O Song Pro tem motor 1.5 a gasolina e outro elétrico. O que muda entre as versões é o tamanho das baterias – a da GL tem capacidade de 12,9 kWh e a da GS é de 18,3 kWh.
Na de entrada, são 223 cv de potência combinada (a BYD não revelou dados de torque) e aceleração de 0 a 100 km/h feita em 8,3 segundos. Na de topo, são 235 cv, 43 mkgf de torque e 0 a 100 km/h em 7,9 segundos, conforme a marca.
Nas dimensões, são 4,74 metros de comprimento, 1,71 m de altura, 1,86 m de largura e 2,71 m de distância entre os eixos. Ou seja, o Pro é mais comprido (4 cm) e alto (2 cm) que o Plus. Porém é mais estreito (3 cm) e tem 4 cm a menos de entre-eixos. Além disso, seu porta-malas, de 520 litros, é 54 l menor que o do “irmão”.
Bem equipado
Para deixar o preço do Song Pro competitivo, a BYD lançou mão da mesma estratégia utilizada no sedã King, que acaba de estrear no Brasil. Ou seja: não traz equipamentos caros, como sistemas de condução semiautônoma (ACC, frenagem de emergência, monitor de ponto cego, entre outros) e teto solar. Esses itens estão presentes no Song Plus, por exemplo.
Mas nem por isso a lista de equipamentos de série do Song Pro é modesta.
Entre os destaques, a versão GL traz painel de instrumentos digital de 8,8 polegadas, ar condicionado de duas zonas, freio de estacionamento eletrônico, rodas de liga de 18”, câmera 3D de 360° e quatro portas USB. Assim como seis air bags, assistente de descida em rampa e monitoramento de pressão dos pneus.
A GS acrescenta banco do motorista com ajustes elétricos e carregador de celular por indução. Nas duas configurações há central multimídia com a já famosa tela giratória, de 12,8”. O sistema aceita comandos por voz e tem conexão com Apple CarPlay e Android Auto. O conjunto de som inclui seis alto-falantes.
Voltinha
O Jornal do Carro deu uma voltinha rápida ao volante do novo Song Pro, durante o evento de lançamento do SUV no Brasil. Como o percurso não passou de uns 2 km, e foi realizado em vias urbanas de São Paulo (com trânsito), não dá para falar com propriedade sobre a dirigibilidade do carro, por exemplo.
Afinal, o percurso foi praticamente feito apenas com o uso do motor elétrico. Portanto, no modo mais silencioso e com respostas instantâneas à pressão no pedal do acelerador. Como resultado, há fôlego de folga tanto nas arrancadas quando em subidas, independentemente do grau de inclinação da ladeira.
Porém, foi possível concluir que o bom nível de qualidade do acabamento é um dos destaques do novo Song Pro. Assim como o amplo espaço para até cinco pessoas, sobretudo na comparação com modelos da mesma faixa de preços oferecidos no mercado brasileiro.
Além disso, considerando o nível de equipamentos e porte, a relação custo x benefício da nova opção do SUV chinês é muito boa. Com isso, a BYD deverá ampliar ainda mais suas participação nos emplacamentos de veículos no Brasil.
No acumulado do primeiro semestre, a linha Dolphin, de entrada da BYD no País, ocupa a 30ª posição entre os automóveis. Ao incluir os comerciais leves, o compacto passa para a 38º posição, o que continua sendo um feito e tanto. (O Estado de S. Paulo/Thais Villaça)