Vendas de novas cotas para consórcio de caminhões recuam 8,8% no 1° semestre

Transporte Moderno

 

As enchentes no Rio Grande do Sul trouxeram desdobramentos negativos para a performance de vendas de novas cotas de consórcio de caminhões e implementos rodoviários. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC) divulgado nesta quarta-feira (27), o volume diminuiu 8,8% no primeiro semestre deste ano, com 117,21 mil novos contratos ante os 128,51 mil feitos no mesmo período do ano passado.

 

Segundo o presidente da entidade, Paulo Rossi, o Rio Grande do Sul é estratégico para as administradoras de consórcio. Segundo estimativas do presidente da ABAC, em 2023 o estado representou 9,3% de todos os participantes ativos no sistema de consórcios de caminhões e correspondeu a 7,4% de todas as vendas de novas cotas. “É uma região que consideramos importante, sobretudo, no agronegócio.”

 

O desempenho abaixo do esperado no semestre fez, inclusive, o setor de consórcio reduzir a expectativa de crescimento para o ano. No início do ano, a previsão era de uma alta de 15%. Agora, a estimativa de expansão gira em torno de 5% a 10%.

 

Mais de 27,5 mil contemplações de caminhões

 

Apesar da retração em novos negócios, o consórcio para caminhões e implementos rodoviários apresentou bom desempenho em quatro indicadores: participantes ativos (+18,3%), tíquete médio mensal (+1,4%), contemplações (14,6%) e créditos concedidos (+26,1%).

 

Segundo a ABAC, o setor rodoviário, que representa dois terços dos indicadores analisados, e o agronegócio, que corresponde a um terço, têm mostrado resultados crescentes. A expectativa da entidade é de que o agronegócio registre a segunda melhor safra de grãos do país este ano, o que tem impulsionado os resultados positivos.

 

No semestre, foram realizadas mais de 27,5 mil contemplações exclusivas de caminhões, representando 33,2% do mercado interno, que totalizou 82,99 mil unidades vendidas, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Isso significa que aproximadamente um em cada três caminhões vendidos no Brasil foi contemplado nesse período. (Transporte Moderno/Aline Feltrin)