O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro
A primeira geração do X2 dividiu opiniões. Classificado pela BMW como SUV compacto, o carro era frequentemente visto como hatchback. Na segunda geração, que acaba de chegar ao Brasil, o X2 ganhou personalidade, elegância e foi transformado em SUV cupê. Além da versão XDrive 20i, com motor 2.0 a gasolina de 204 cv, a R$ 388.950, a marca alemã trouxe o iX2 XDrive 30i, 100% elétrico, a R$ 443.950.
Segundo a BMW, o X2 é um Sports Activity Coupé (SAC), estilo de carroceria lançado no X6, em 2008. Nomeclaturas à parte, o X2 compartilha a plataforma do SUV compacto X1. Assim, tem 2,69 metros de entre-eixos – são 2,2 centímetros a mais que no carro anterior.
No comprimento, o ganho de 20 cm se traduz em 4,57 m. Além disso, o SUV ficou 2 cm mais largo (1,85 m) e 7 cm mais alto – agora tem 1,57 m.
Visto de frente, o carro tem uma “cara” bastante agressiva graças, também, à nova grade – selada na versão elétrica. Os faróis mudaram e estão em posição mais elevada.
Visto de perfil, o novo X2 tem silhueta de cupê, com caimento suave do teto a partir da coluna “C”, que termina com um corte seco. A cintura alta e as janelas estreitas dão aspecto de esportividade ao BMW.
A traseira foi totalmente redesenhada. Agora, as lanternas têm estilo mais afunilado.
Ao Brasil, o X2 chega com pacote M Sport de série. Isso inclui rodas de liga leve de 20 polegadas com desenho exclusivo para cada versão, suspensão rebaixada em 15 mm, amortecedores de carga variável, som da Harman Kardon e revestimentos internos de couro, entre outros itens.
O multimídia com tela flutuante parece formar uma peça única com o painel de instrumentos digital. O sistema é pouco intuitivo e requer algum tempo de adaptação. Há um grande porta-copos e o console central é suspenso.
Acima dele, ficam os controles do sistema de som, modos de condução e câmbio. De modo geral, o acabamento agrada.
Bem equipado
Todos os comandos ficam à mão do motorista. Atrás, o SUV oferece conforto para três adultos com 1,80 m de altura, a despeito da “queda” na linha de teto. Aliás, o porta-malas cresceu 90 litros em relação ao anterior e tem capacidade de 560 l.
De série, destacam-se itens como assistentes de condução e estacionamento, várias câmeras, ar condicionado digital, teto solar e head-up display.
O motor 2.0 turbo gera torque de 30,3 mkgf a partir das 2.000 rpm e está acoplado ao câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens. Além disso, a tração é integral.
Como resultado, o modelo alemão pode acelerar de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos e chegar a 213 km/h, conforme a BMW. Como é de praxe nos carros da marca, o comportamento dinâmico é apurado. (O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro/Thiago Vinholes)