CNI: faturamento da indústria cai 3,8% com recuo do setor automotivo

Jornal Metrópoles

 

Os indicadores industriais acompanhados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentaram queda em maio. Segundo a pesquisa “Indicadores Industriais”, empresários registraram recuo em cinco de seis indicadores.

 

A queda da maior parte deles foi influenciada pelo recuo do setor automotivo. Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (9/7), o faturamento real recuou 3,8% em maio na comparação com abril, enquanto as horas trabalhadas na produção caíram 2,3%, a massa real salarial encolheu 1,5% e o rendimento médio real foi 1,2% menor.

 

O levantamento mostra ainda que o uso da capacidade instalada caiu de 79,1% para 78,7%. Apenas o indicador de emprego permaneceu estável de abril para maio.

 

“Além da pesquisa apresentar as consequências das enchentes no Rio Grande do Sul em maio, a queda dos indicadores em maio também foi influenciada pelo recuo do setor automotivo, que passou por greves de trabalhadores e interrupção da produção em outras regiões do país no mesmo período”, explica a economista da CNI, Larissa Nocko.

 

Melhora

 

Apesar dos recuos, a indústria de transformação ainda está em uma situação melhor quando comparada com o mesmo período de 2023. Na comparação de janeiro a maio de 2024 com o mesmo período de 2023, houve aumento de 1,2% no faturamento real da indústria de transformação.

 

O movimento foi também notado no número de horas trabalhadas, com um crescimento de 2,6% em comparação ao acumulado do ano. Ao comparar a massa salarial, houve crescimento de 4,4%, e o rendimento médio dos trabalhadores avançou 2,9% no período.

 

Mais indicadores

 

A pesquisa Indicadores Industriais identifica, mensalmente, a evolução de curto prazo da atividade industrial, mais especificamente da indústria de transformação.

 

Como pesquisa conjuntural, a importância deve-se à capacidade de indicar o comportamento efetivo da atividade industrial por meio de variáveis como faturamento, emprego, remuneração e utilização da capacidade.

 

A pesquisa teve início em 1992 e resulta de parceria da CNI com as Federações Estaduais das Indústrias. Os estados pesquisados respondem por mais de 90% do produto industrial brasileiro. Para a edição de maio, foram consultadas 974 empresas, entre os dias 3 e 26 de junho. (Jornal Metrópoles/Renata Garcia)