AutoIndústria
Os licenciamentos de utilitários esportivos cresceram 17% no primeiro semestre e superaram 403,1 mil unidades. A participação do segmento, o maior do mercado interno, passou de 46,8% nos primeiros seis meses de 2023 para 47,5%.
Mais do que o crescimento pouco acima da média dos 15,7% de todos automóveis de passeio, o primeiro semestre dos utilitários esportivos fica marca pela consolidação da Volkswagen na liderança e o sensível recuo da fatia da Jeep, a segunda colocada, no intervalo de apenas um ano.
A marca alemã alcançou 66,2 mil licenciamentos somados do T-Cross — líder com 31,5 mil unidades —, Nivus, Taos e Tiguan, crescimento de 12% sobre o mesmo período do ano passado e equivalentes a 16,4% das vendas da categoria.
Na mesma comparação, a Jeep exibe curva descendente acentuada. As 53,3 mil unidades comercializadas do Renegade, Compass e Commander representam queda de 15%. A participação, que era de 18,4% com os mesmos modelos em oferta, encolheu sensivelmente para 13,3%, 5 pontos porcentuais, portanto.
Com a chegada de novos concorrentes, nacionais ou importados, e atualização de modelos que já estavam em oferta, as vendas da categoria estão mais pulverizadas entre as diversas marcas.
Afora as duas primeiras e a terceira colocada Fiat, com 9,9% de participação, descoladas do restante, as seis marcas seguintes no ranking de mais vendidas estão separadas por apenas 1,6 ponto porcentual ou pouco mais de 6 mil unidades.
Nesse “bolo” liderado pela GM (7,7%) estão, nessa ordem, Toyota (7,6%), Hyundai (7,6%), Nissan (7%), Caoa Chery (6,9%) e Honda (6,1%).
Na décima colocação agora aparece a Renault, com fatia de 3,8%. Com 15,4 mil licenciamentos, a marca contabiliza crescimento de quase 50% ante os 10,7 mil do primeiro semestre de 2023. Motivo: a chegada do Kardian às revendas no fim do primeiro trimestre.
O SUV compacto nacional já alcançou 5,2 mil emplacamentos desde então. No mês passado, foram mais de 1,7 mil unidades contra 1,4 mil do Duster, único utilitário esportivo da marca oferecido em 2023 e que somou 10,2 mil licenciamentos de janeiro a julho. (AutoIndústria/George Guimarães)