Jornal do carro
Quem tem carro elétrico, seja de qualquer marca, sempre contou com os postos de recarga da Volvo. Afinal, além de presentes por diversos pontos do Brasil, os terminais são gratuitos. Mas essa história vai mudar. A partir do próximo dia 10 de julho, a marca sueca passará a cobrar o serviço de usuários, principalmente, de quem tem carros de outras fabricantes, como BYD, Caoa Chery, JAC e BMW, por exemplo.
Durante a coletiva de imprensa que apresentou a novidade, nesta última quarta-feira (3), o presidente da Volvo Cars Brasil, Marcelo Godoy, destacou que várias montadoras investem em produtos e divulgação na mídia, mas não assumem compromisso com a infraestrutura. Essa foi, portanto, uma referência à BYD, que já lançou diversos carros eletrificados no País, mas nunca colocou em prática seu plano de investimento em rede de recarga. “A ideia é que outras montadoras comecem a colocar carregadores nas ruas e façam o mesmo que fizemos desde 2017 (uma das pioneiras na instalação de carregadores wallbox no Brasil)”, destaca.
Como vai funcionar?
A princípio, cabe explicar que a Volvo não está cobrando pela energia. “A cobrança é pelo serviço de recarga, não pela energia elétrica em si”, pondera Guilherme Galhardo, head de eletrificação e diretor de digital da Volvo Car Brasil.
Ademais, esse faturamento servirá como uma espécie de retorno à Volvo, que investiu R$ 70 milhões para a implementação de 101 eletropostos de carga rápida em rodovias de todo o País. Até hoje, mais da metade (52) já estão em operação. Sem contar os 1.000 pontos de recarga de conveniência espalhados pelo território nacional. Nesses locais, até então, bastava um plugue no bocal do carro e a recarga começava. Agora, terá procedimento diferente.
Ao estacionar o carro no ponto de recarga conectado, o usuário deve acessar o aplicativo Volvo Car Eletropostos e fazer o filtro para “eletropostos pagos”. Desse modo, antes da ativação do carregamento, é necessário cadastrar o veículo e um cartão de crédito válido.
Preços
Em relação a preços, cabe salientar que clientes Volvo têm recarga gratuita. Entretanto, para carros elétricos ou híbridos plug-in de outras montadoras, o valor é de R$ 4,00 o kWh. Isso é, a princípio, quase o dobro do preço praticado por outras empresas, mas, de acordo com a Volvo, a ideia é cobrar pela comodidade. Antes disso, já de cara, o usuário paga a taxa de conectividade de R$ 2,50 (cobrança única quando inicia a recarga), exceto para clientes Volvo.
Taxa de ociosidade
Por fim, todo mundo paga a taxa de ociosidade, de R$ 5,00, por minuto excedente. Isso significa que, se você é daqueles que deixa o carro carregando e, mesmo com as baterias em 100%, permanece plugado, vai pagar mais. A tolerância, portanto, é de 15 minutos. Isso é, a princípio, uma “forma de educar as pessoas”, enfatiza Godoy. Afinal, não se deve ocupar vagas destinadas a carros elétricos quando não há recarga em andamento. Isso é questão de cidadania. (Jornal do carro/Vagner Aquino)