Mercado de veículos leves deve crescer 15% em 2024, para 2,5 milhões

AutoIndústria

 

Em razão do desempenho do primeiro semestre e das condições favoráveis de crédito, a Fenabrave revisou para cima a projeção de crescimento do mercado de automóveis e comerciais leves para este ano. Ante meta de 12% anunciada em janeiro, prevê agora 15% de alta.

 

Com isso, a venda de leves deve saltar de total de 2,18 milhões de unidades no ano passado para 2,5 milhões este ano. O novo índice projetado pela entidade que representa os concessionários autorizados de todo País reflete exatamente o que aconteceu no primeiro semestre.

 

Com 202,5 mil emplacamentos em junho, o segmento de leves atingiu 1.077.003 veículos, expansão de 15,2% sobre idêntico período do ano passado (934.440).

 

Ao divulgar os dados nesta quarta-feira, 3, o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., atribuiu o bom desempenho do mercado interno ao aumento de 11% na oferta de crédito este ano, assim como à maior confiança do consumidor e dos empresários na economia do País.

 

Disse que em outubro a entidade poderá fazer nova revisão das estimativas, tanto para cima como para baixo. No primeiro caso, pode pesar a retomada do mercado gaúcho com compras relativas a veículos perdidos nas enchentes e negócios postergados durante o auge das chuvas no Estado.

 

Andreta Jr. lembrou que 280 concessionárias do Rio Grande do Sul tiveram de paralisar negócios e muitas vendas não foram registradas por causa de problemas no Detran-RS.

 

“Ainda tem concessionário parado lá, uma eventual retomada em junho ainda não refletiu nos números do acumulado do ano”, informou o empresário.

 

A entidade também revisou projeção de veículos pesados, ampliando o índice de crescimento no caso dos caminhões – de 10% para 12% – e reduzindo no caso dos ônibus, de 20% para 0%.

 

A Anfavea, a entidade as montadoras, previu alta de apenas 6% no mercado de leves este ano, número que poderá rever nesta quinta-feira, 4, quando divulgará os números do setor, incluindo vendas domésticas, exportações e produção. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)