Presidente da Renault defende o carro de entrada e comemora Mover

AutoIndústria  

 

Ao participar da coletiva de imprensa online da Anfavea nesta última segunda-feira, 8, o presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo, aproveitou o espaço para falar da retomada do crédito que favorece as vendas no varejo, da relevância do Mover e também da importância do carro de entrada em termos de volume para o setor.

 

Sobre o novo programa automotivo, que tramita na Câmara dos Deputados como medida provisória e também como projeto de lei, o executivo disse que o ponto comum hoje no setor, em função principalmente do Mover, é a confiança no Brasil e, mais que isso, a confiança no mercado brasileiro.

 

“Já foram anunciados mais de R$ 100 bilhões em investimentos pelas montadoras, que envolvem novos motores, novos carros e também novos processos produtivos, com aportes relevantes em P&D”, comentou Gondo, lembrando que a Renault acabou de lançar o Kardian, SUV que veio para marcar uma nova fase da história da marca no País.

 

Ele elogiou a participação da Anfavea na elaboração do Mover, dizendo que o mais importante no contexto atual é a volta da previsibilidade:

 

“O Mover nasce na vanguarda do Brasil no mundo, permite planejar. A engenharia automotiva brasileira é pujante e estamos construindo uma indústria automotiva cada vez mais forte, transformadora e sustentável”.

 

Ao ser questionado sobre o chamado carro de entrada, que perde força hoje no mercado brasileiro, Gondo defendeu modelos do gênero, lembrando que são eles que permitem a entrada do consumidor no mercado de 0 km.

 

Lembrou que na crise muitos consumidores foram para o segmento de seminovos, o que pode ser revertido agora com a maior oferta de crédito.  Ele destacou a existência do Renault Kwid como modelo de entrada, reforçando a crença da marca sobre a importância da oferta de carros mais acessíveis.

 

Pelos dados da Fenabrave, o segmento de entrada teve participação reduzida nas vendas totais de automóveis de 9,78% no primeiro trimestre do ano passado para 7,39%. Na virada de 2022 para 2023 o segmento perdeu modelos importantes, dentre os quais o VW Gol.

 

A montadora alemã hoje oferece o Polo Trasch, que pode ser mais caro do que o Kwid e o Fiat Mobi é classificado na categoria de hatches pequenos.

 

No que diz respeito a maior disponibilidade de crédito, Gondo informou que a participação dos financiamentos nas vendas da Renault subiu para 60% em março, índice próximo aos 70% historicamente predominantes no Brasil. Com os juros em queda, aumentou a taxa de aprovação dos bancos.

 

“Com isso, as vendas no varejo de automóveis e comerciais leves cresceram 16%, acima da média de 11% do mercado como um todo”, lembrou Gondo. Ele mantém projeção de um mercado de leves este ano da ordem de 2,3 milhões de unidades, com crescimento entre 6% e 7% sobre 2023. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)