Volkswagen se concentra em plano para reduzir vulnerabilidade da cadeia de suprimentos

Portal Isto É Dinheiro/Reuters

 

A Volkswagen disse nesta terça-feira que um novo plano de crescimento visa a reduzir sua vulnerabilidade aos efeitos de conflitos globais, como interrupção da cadeia de suprimentos e aumento de preços.

 

“As últimas mudanças geopolíticas estão expondo nossa vulnerabilidade global, principalmente no que diz respeito aos Estados Unidos”, disse o presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess, em uma postagem no LinkedIn.

 

Diess não especificou a quais eventos políticos ele estava se referindo, mas as montadoras foram duramente atingidas pela invasão da Ucrânia pela Rússia, já que as sanções ocidentais aumentaram o preço da energia e das matérias-primas.

 

A Volkswagen alertou na semana passada que estava sentindo o impacto do aumento dos preços e dos gargalos na cadeia de suprimentos, com as entregas em março caindo 37,3% em relação ao ano passado.

 

A escassez de chicotes elétricos produzidos na Ucrânia atrasou o lançamento de seu ID.5 elétrico, e bloqueios na China estão prejudicando a produção em um momento em que a montadora está tentando aumentar as vendas de veículos elétricos no país.

 

O diretor de tecnologia da Mercedes-Benz, Markus Schaefer, disse semana passada que a montadora também estava pressionada pelas cadeias de suprimentos devido aos gargalos globais.

 

Diess disse que o conselho vê o aumento dos negócios na China, o crescimento da divisão de software Cariad e a reorganização de seu modelo de direção como temas mais urgentes.

 

A Volkswagen divulgará mais detalhes nas próximas semanas sobre como as responsabilidades serão divididas, disse Diess.

 

“Nossos concorrentes não se chamam mais Mercedes-Benz, Toyota ou Stellantis, mas Tesla, Foxconn, Apple, LG Electronics, Uber”, disse Diess.

 

Diess anunciou pela primeira vez uma mudança de responsabilidades na Volkswagen em dezembro passado, após semanas de confrontos entre o presidente-executivo e os sindicatos sobre sua liderança. (Portal Isto É Dinheiro/Reuters/Victoria Waldersee)