O Estado de S. Paulo
A indústria automotiva brasileira tem pressionado o governo para adiar por três anos o início das novas fases de implementação do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve). O programa é considerado um item muito importante na agenda ambiental de combate à poluição urbana, mas sofre resistência do setor que precisará se adequar. O cronograma prevê que as mudanças comecem a ser feitas a partir de 2022, de forma gradativa, até 2025.
A indústria automotiva tem alegado que, por causa da pandemia do coronavírus, precisa de mais tempo para que suas atividades possam se normalizar e, a partir daí, adotar as adaptações previstas no Proconve.
Apesar dessa pressão, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ao BRPolítico que defende a manutenção do calendário atual, com início das mudanças valendo já para 2022.
“Qualidade do ar é tema prioritário da agenda ambiental urbana. A exemplo do etanol, temos que seguir buscando melhorar, e não retroceder”, afirmou o ministro ao BRP. (O Estado de S. Paulo/Marcelo de Moraes)