Consórcio de pesados é o menos afetado pela pandemia

AutoIndústria

 

Enquanto o consórcio de veículos e de motocicletas teve queda no número de venda de novas cotas de, respectivamente, 11,2% e 5,5% no acumulado do primeiro semestre, o segmento de pesados, que inclui caminhões, ônibus e implementos, retraiu apenas 1,7%, com 43,6 mil adesões este ano ante as 44,3 mil do mesmo período do ano passado.

 

Nesse semento, houve alta de 8,7% no número de participantes, que chegou a 347,8 mil em junho, assim como no montante de créditos comercializados, que cresceu 1,1%, passando de R$ 7,17 bilhões para R$ 7,25 bilhões. O tíquete médio também é maior no comparativo interanual – R$ 175,2 em junho deste ano ante os 164,8 mil do mesmo mês de 2019 (expansão de 6,3%).

 

Já o segmento de leves teve 549, 3 mil adesões no primeiro semestre, ante às 617,2 mil dos primeiros seis meses do ano passado. O número de participantes ficou estável em 3,7 milhões de consorciados, mas o volume de crédito comercializado baixou 13,8%, de R$ 27,6 bilhões para R$ 23,8 bilhões. O tíquete médio teve pequena elevação de 3,6%, chegando a R$ 47,49 mil.

 

Já no segmento de motocicletas, o tíquete médio teve expressiva alta de 51,9%, atingindo R$ 13,9 mil em junho, assim como também cresceu, em 25,5%, o total de créditos comercializados, que atingiu R$ 6 bilhões. As adesões, no entanto, não acompanharam esse ritmo e retraíram 17,2% no comparativo dos semestres. Foram vendidas este ano 440,5 mil novas contas, ante as 532 mil de um ano antes.

 

Apesar de alguns números negativos, o presidente executivo da Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, Paulo Roberto Rossi, está apostando em um segundo semestre melhor, porém com cautela e sem euforia.

 

“Estamos cientes que a pandemia não encerrou seu ciclo e que teremos que arcar com as consequências das medidas que ela ainda possa exigir. Mas entendemos que as experiências até agora vivenciadas poderão nos deixar um legado positivo, tornando-nos capazes de darmos a volta por cima”.

 

Segundo o executivo, o momento atípico que vivenciamos provocou nas administradoras a busca veloz às adequações, com foco em maior agilidade para as práticas comerciais e administrativas, apoiadas na tecnologia aplicada no trabalho, especialmente os profissionais em home office.

 

“Como consequência, tivemos atendimentos mais adequados ao novo consumidor. Acreditamos que todas as mudanças implementadas na forma de trabalho e de fazer negócios, embora convivendo com as práticas anteriores, vieram para ficar”, conclui Rossi. (AutoIndústria)