Não esqueça do carro parado na garagem

Jornal do Carro

 

Enquanto as pessoas estão cumprindo período de quarentena ou trabalhando em casa, o carro fica parado na garagem, sem uso. O lado positivo é que o trânsito na cidade diminuiu muito, assim como os índices de poluição.

 

Mas, apesar disso, o carro não deve ser completamente esquecido, principalmente se o período de inatividade exceder os 15 dias. De acordo com o mecânico Pedro Scopino, dono da oficina mecânica que leva seu sobrenome, localizada na zona norte da cidade, ligar o motor a cada 15 dias é suficiente numa situação como a atual. “Quando a pessoa viaja de férias e deixa o carro na garagem por 30 dias, não há nenhum problema. Basta ligar quando voltar”, exemplifica.

 

Acionar o motor a cada 15 ou 20 dias, segundo Scopino, é uma providência suficiente para evitar que a bateria se descarregue. Isso porque é o funcionamento do propulsor que faz com que ela mantenha a carga em níveis saudáveis, por meio do alternador. Se a operação de ligar o veículo for feita em um dia mais frio, é recomendável acionar embreagem em carros com câmbio manual. Isso faz com que a transmissão seja desconectada do motor, e facilita o trabalho do motor de arranque, responsável por fazer o motor principal funcionar.

 

Scopino diz que não é necessário sair com o carro na rua, e cinco minutos com o motor funcionando já são suficientes. No entanto, caso a garagem seja fechada (em prédios, por exemplo), é recomendável sair com o veículo para dar uma pequena volta, para facilitar a dispersão de gases.

 

Outra dica dada pelo mecânico nessas situações é que o carro seja guardado com o tanque cheio de combustível, para evitar entrada de oxigênio no reservatório, o que poderia causar oxidação interna por períodos mais prolongados de falta de uso.

 

Além disso, os pneus devem ser calibrados. Esses componentes perdem mais pressão com a falta de uso do que quando o carro está se movimentando. E, se eles estiverem com baixa pressão e ficarem muito tempo no mesmo local, o peso do veículo pode causar deformação na borracha.

 

Caso o período de inatividade ultrapasse os 30 dias, pode se ligar também o ar-condicionado por alguns minutos, juntamente com o motor. Isso evita ressecamento das borrachas do sistema.

 

Quanto ao óleo do motor, é importante prestar atenção na data da troca. Normalmente, os fabricantes recomendam substituição a cada 12 meses ou 10 mil km, o que ocorrer primeiro. As indicações estão no manual do veículo. Na fase atual, mesmo sem o carro andar, pode ser necessário fazer a troca pelo tempo transcorrido desde a última troca.

 

Por fim, se o automóvel estiver precisando de alguma manutenção, esse pode ser o momento ideal, já que a necessidade de uso diminuiu bastante, e as oficinas permanecem funcionamento normalmente, como atividade essencial. (Jornal do Carro)