Déficit das autopeças encolhe 2,6% no primeiro bimestre

AutoIndústria

 

Mesmo com menos dias úteis em fevereiro – 19 contra os 22 de janeiro -, as exportações de autopeças reagiram no mês passado, atingindo US$ 662 milhões, o que representou crescimento de 69,5% no comparativo mensal e de 7,5% em relação ao segundo mês de 2019. As importações seguiram em trajetória de queda, somando US$ 719,1 milhões, com retrações de, respectivamente, 23,8% e 3,8%.

 

No acumulado do primeiro bimestre, no entanto, verifica-se declínio tanto nas importações como também nas exportações. Os embarques de autopeças para outros países atingiram US$ 1,1 bilhão, valor 6,7% inferior ao de igual período de 2019. Já as importações atingiram US$ 1,7 bilhão, decréscimo de 5,2% para a mesma base de comparação.

 

Com isto, o déficit da balança comercial de autopeças ficou em quase US$ 610 milhões no primeiro bimestre, encolhendo 2,6% frente a idêntico período do ano passado (US$ 626 milhões). Os dados foram publicados no site do Sindipeças, que ressalva em seu relatório da balança comercial não haver evidências das repercussões internas da pandemia do coronavírus (Covid-19) nos números relativos ao primeiro bimestre.

 

Segundo a entidade, os resultados das transações comerciais externas das autopeças refletem, em alguma medida, a desaceleração do comércio mundial e o que ocorreu com as montadoras brasileiras no primeiro bimestre deste ano. O Sindipeças lembra que em comparação à igual período de 2019, registrou-se queda de 13,2% na produção de veículos e de 11,2% nas exportações.

 

Principais mercados

 

No tocante aos mercados de destino das exportações de autopeças brasileiras, destaque para a Argentina, que ampliou compras em 2,6% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, com total de US$ 229,6 milhões.

 

Já as vendas para os Estados Unidos caíram 42,9%, ficando em apenas US$ 147,9 milhões neste início de ano, abaixo portando dos negócios com o país vizinho, que no ano passado passou a ocupar a segunda posição no ranking dos maiores mercados compradores de autopeças brasileiras, atrás, assim, do estadunidense.

 

Quanto à origem das importações, China exibiu queda de apenas 3,7%, a despeito das repercussões econômicas e sociais da Covid-19. O país asiático vendeu quase US$ 296 milhões para o Brasil em autopeças, ante os US$ 307,4 milhões do primeiro bimestre de 2019. Houve crescimento dos embarques provenientes da Alemanha (20,2%) e queda no caso dos Estados Unidos (-8,3%) e Japão (-14,8%). (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)