AutoIndústria
Apesar do desempenho positivo em janeiro com relação a dezembro, a indústria de autopeças iniciou 2020 com negócios em queda de 6,7% no comparativo do primeiro mês deste ano com idêntico período de 2019. Pesquisa conjuntural do Sindipeças, publicada no site da entidade, mostra recuo nos negócios com as montadoras e também nas exportações.
No primeiro caso a receita das autopeças caiu 8% e com relação aos embarques para fora do País a retração chegou a 26,2%, ainda por conta da crise no mercado argentino, segundo relatório do Sindipeças. Em contrapartida, houve alta nos negócios no mercado de reposição, de 7,3%, e também nas transações intrassetoriais, de 3,2%, o que contribuiu para um recuo médio de 6,7% no comparativo interanual.
O Sindipeças já admite que os efeitos econômicos e sociais do Coronavírus (Covid-19) podem afetar a previsão de crescimento do setor este ano, destacando não estar eliminada a ameaça de a produção da indústria automotiva brasileira ser comprometida ainda neste mês de março ou abril.
“Chama a atenção o fato de que janeiro último se mostrou mais fraco em comparação a igual mês de 2019”, destaca o Sindipeças em seu relatório mensal. “Uma situação que tende a se agravar dada à reação internacional ao Coronavírus e às nossas próprias fragilidades, que inibem a competitividade e travam a rentabilidade dos negócios, a despeito da redução da taxa básica de juros”.
Como é normal em todo mês de janeiro, as vendas das autopeças cresceram relação a dezembro, mês em que a maioria das montadoras entra em férias coletivas e, assim, reduz significativamente sua produção. A alta foi de 35,1%. No acumulado de 12 meses, o setor também apresenta resultado positivo, da ordem de 4,7%.
A melhora do nível de atividade em janeiro trouxe redução da ociosidade na indústria de autopeças da ordem de 7 pontos porcentuais, de 38% em dezembro para 31% em janeiro. Também houve aumento de 1,3% aa quantidade de postos de trabalho, embora no confronto interanual e no acumulado em 12 meses se registrem quedas de 2,5% e 1,9%, respectivamente. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)