GM, Ford e Pirelli pedem para funcionários administrativos ficarem em casa

O Estado de S. Paulo

 

Fabricantes de veículos e de componentes, que já vinham adotando medidas de controle para evitar a disseminação do novo coronavírus com medidas educativas e de restrição de viagens, começam também a colocar os funcionários das áreas administrativas em home office (trabalho remoto).

 

Nesta sexta-feira, 13, duas grandes montadoras, a General Motors e a Ford, informaram que vão seguir no País as diretrizes das matrizes americanas e os funcionários dos setores de administração vão trabalhar em casa a partir de segunda-feira. O mesmo vai ocorrer com trabalhadores da italiana Pirelli, fabricante de pneus.

 

Nesta tarde, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou estado de emergência nos EUA em razão do novo coronavírus.

 

Em comunicado global divulgado hoje, a Ford informa que, para manter as equipes seguras e ajudar a limitar a propagação do vírus nos locais de trabalho e de moradia dos funcionários, decidiu que, a partir de segunda-feira grande parte da força de trabalho global vai trabalhar remotamente “até segunda ordem.”

 

No Brasil, a Ford vai adotar a medida em suas três fábricas em São Bernardo do Campo e Taubaté (SP) e Camaçari (BA). O mesmo vai ocorrer na unidade da empresa na Argentina. A medida envolve ao todo cerca de 2,5 mil funcionários. O home office, segundo a montadora, não será adotado “nas funções críticas de negócios que não podem ser removidas das instalações da Ford”, como as linhas de produção de veículos e motores.

 

Menos riscos

 

A Ford informou ainda que o efeito do coronavírus nos funcionários da empresa “até agora tem sido muito limitado” e que no Brasil não foi registrado nenhum caso. Admite, contudo, que nos últimos dias, a questão assumiu dimensão diferente, por isso a decisão do trabalho remoto, “que também ajudará a reduzir o risco de disseminação do coronavírus, maximizando a saúde de nossos negócios”.

 

A GM informou que a medida que também entra em vigor em suas cinco unidades locais – São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes (SP) e Gravataí (RS) e Joinville (SC) – é uma decisão global com objetivo de reduzir a probabilidade de disseminação do covid-19 entre colegas de trabalho, familiares e comunidade “e contribuir para aliviar a pressão sobre os recursos públicos de saúde”.

 

A ítalo-americana FCA Fiat Chrysler afirma que já adotava o home office um dia por semana antes da pandemia, as está flexibilizando a regra conforme avaliação do líder da equipe, por isso a tendência é de aumento do volume de horas trabalhadas remotamente.

 

Ford, GM e Pirelli informaram que tomarão todas as precauções para garantir a segurança dos funcionários que precisam ir até as fábricas diariamente. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)