Selic em baixa facilita o financiamento automotivo

Portal Terra

 

No começo de fevereiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central definiu uma nova queda histórica na meta da Taxa Selic – a taxa básica de juros da economia brasileira -, chegando ao valor de 4,25% ao ano.

 

A queda na Selic (mais uma em uma sequência que começou em 2017 e ainda não parece ter sido interrompida) traz más notícias para os investidores que aplicam em títulos de Renda Fixa, como o Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs, normalmente indexados ao desempenho da Selic e do CDI (que andam juntos).

 

No entanto, o menor valor da Selic traz boas notícias para quem quer consumir, especialmente itens de alto valor que necessitam de financiamento para comprá-los. É o caso, por exemplo, dos automóveis.

 

Em 2019, o crescimento no número de vendas de veículos automotores no Brasil cresceu 8,7%. Grande parte desse resultado foi devido à queda da Selic durante o ano, o que diminuiu os juros dos financiamentos automotivos.

 

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Isso acontece porque a Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, e todas as outras taxas derivam dela. Assim, se a Selic cai, a tendência é que os juros de empréstimos e financiamentos caiam também (embora isso nem sempre acontece).

 

Portanto, o período de baixa na Selic é uma boa notícia para os consumidores que desejam renovar o carro, como explicam os especialistas da NoxCar, a maior concessionária de usados e seminovos em Florianópolis.

 

“No geral, os financiamentos automotivos contam com taxas mais baixas quando a Taxa Selic diminui. Por causa disso, comprar um carro financiado fica mais barato. Para quem quer trocar de automóvel, é um excelente momento”, afirma o especialista.

 

No entanto, é fato que nem todos conseguem a aprovação do financiamento automotivo, mesmo com os juros mais baixos. Para ter o crédito aprovado, é necessário passar por uma análise de crédito criteriosa dos bancos.

 

“Quem empresta dinheiro para o financiamento automotivo é um banco ou algum tipo de financeira. Por isso, é feita uma análise de crédito para decidir se vale ou não a pena correr o risco de emprestar para aquele cliente”, explica o especialista.

 

Dentre os critérios utilizados como base para a análise de crédito, um dos mais importantes é o Score, uma pontuação cedida por empresas de análise de crédito para cada consumidor no Brasil.

 

“O Score de Crédito é uma pontuação que vai de 0 a 1000 e é dada pelas empresas que analisam crédito, como a Serasa Experian. Cada consumidor tem uma pontuação com base no seu histórico de pagamento de contas, patrimônio, salário, localização e outros elementos importantes”, expõe o especialista da NoxCar.

 

Portanto, um consumidor com um alto Score de Crédito tem maior facilidade para obter financiamentos do que aquele com baixa pontuação.

 

“Exatamente. Normalmente, o Score mínimo para financiar um carro , sem dar entrada, é de 700 pontos. No entanto, pouca gente financia dessa forma. A maioria dá um valor de entrada, apresenta outras garantias, o que diminui a exigência para a aprovação”, revela o especialista.

 

Além de ter um bom Score de Crédito (que pode ser obtido ao quitar todas as dívidas, colocar as contas no débito automático e reorganizar o orçamento para ter uma capacidade de investimento maior), o motorista que queira um novo carro precisa ficar de olho também nas condições do veículo que vai comprar.

 

“Apesar das montadoras oferecem descontos para quem compra carro novo, ainda assim é mais vantajoso operar no mercado de seminovos para quem quer um automóvel com boa qualidade, mas com um valor mais baixo para o financiamento”, explica o especialista.

 

Segundo os especialistas, isso acontece porque o veículo perde muito valor nos seus primeiros anos.

 

“É comum falar que o carro perde muito valor assim que sai da concessionária. Não é exatamente isso, mas de fato, um automóvel sofre a maior porcentagem de desvalorização nos primeiros 2 anos de uso”, explica o especialista. “Como um carro seminovo pode ter até 3 anos para receber essa classificação, ele costuma apresentar uma desvalorização menor”, conclui.

 

Como o seminovo já perdeu a maior parte do valor, mas ainda conserva a sua qualidade mecânica, mantendo sua tecnologia e qualidade, ele se destaca por ser uma das melhores opções para quem quer comprar um automóvel com o financiamento mais barato.

 

Assim, em vez de pagar o preço total de um carro novo e ver o veículo se desvalorizar antes de terminar de quitá-lo, o motorista já começa pagando menos e vê uma desvalorização muito menor com o tempo.

 

Além disso, o carro seminovo pode ser passado pela análise de crédito mais facilmente por causa do valor menor e pelos acordos que as concessionárias têm com os bancos, o que facilita a aprovação e diminui os juros.

 

“No entanto, é importante escolher uma boa concessionária para trabalhar. O consumidor deve optar por uma empresa bem avaliada pelos clientes, que preze pela qualidade dos veículos e ofereça garantias, como o selo de procedência e a Vistoria Cautelar”, concluem os especialistas da NoxCar. (Portal Terra)