Mercado de importados encerra 2019 8% menor

AutoIndústria

As vendas de automóveis e comerciais leves importados das 15 marcas associadas à Abeifa acumularam o ano passado 34,6 mil unidades licenciadas, volume 7,9% menor em relação ao anotado em 2018, de 37,5 mil veículos.

 

O resultado se mostrou abaixo das estimativas da associação para o ano, inicialmente de 50 mil e, depois, revisada para 40 mil. “Infelizmente as vendas foram afetadas pela alta do dólar, especialmente no segundo semestre, tradicionalmente período mais favorável aos negócios”, resumiu José Luiz Gandini, presidente da entidade, durante apresentação do balanço de 2019, na quarta-feira, 8.

 

Em virtude do desempenho da Caoa Chery, o resultado isolado de vendas das marcas associadas a Abeifa que produzem no País -reúne também BMW, Land Rover e Suzuki – registrou alta de 39,6% para quase 33,1 mil unidades emplacadas contra 23,7 mil licenciamentos em 2018. Do volume negociado, a marca sino-brasileira participou com mais de 20 mil unidades ou 60,6% das vendas, apurando crescimento de 132,2%.

 

A soma das vendas de importados e de veículos produzido aqui pelas associadas resultou em uma expansão de 10,5% em 2019, para 67,6 mil unidades ante 61,2 mil vendidas no ano anterior.

 

Projeções 2020

 

Gandini admite um ambiente de incertezas no segmento de importados em 2020, pois “é difícil um valor médio do dólar para trabalhar, após a persistência de alta no câmbio no ano passado”.

 

O dirigente da Abeifa considerou três valores para esboçar suas estimativas iniciais para o ano que começa. Com um dólar médio de R$ 4,20, a associação espera vendas em torno de 35 mil importados, o que consolidará um desempenho estável em relação ao ano passado. Em outro cenário, com a moeda americana cotada a R$ 4, “a minha maior aposta”, revela Gandini, as vendas deverão alcançar 42,5 mil unidades, volume que representará um crescimento por volta de 22%.

 

Por fim, no caso de um dólar médio de R$ 3,80, os emplacamentos poderão registrar 45 mil unidades, alta de 30% em relação ao realizado no ano passado. (AutoIndústria/Décio Costa)