Fala Simões Filho
Um condomínio industrial voltado para abrigar sistemistas e fornecedores do setor automotivo está sendo projetado em Camaçari, ao lado da fábrica da Ford. O Camaçari Tech Park foi discutido na última sexta-feira (23) pelo secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro, representantes da Ford, do empreendimento e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).
De acordo com o representante do condomínio industrial, Roberto Almeida, em sua primeira fase, o Camaçari Tech Park terá 1,2 milhão de metros quadrados e permitirá a atração de novas montadoras. “Grande parte dos fornecedores e sistemistas da Ford estão localizados dentro da poligonal da empresa, isso impede que eles vendam para outras montadoras, então nós estamos fazendo ao lado da Ford um condomínio que vai abrigar algumas dessas empresas e outras que serão transferidas de São Paulo para Camaçari”, explicou Almeida.
Ele lembrou, ainda, que os sistemistas vão continuar atendendo a Ford e poderão fornecer para outras montadoras que pretendam se instalar na área. “Isso faz com que o poder de atração de Camaçari para outras montadoras cresça exponencialmente, porque esse era um grande gargalo”, disse o empresário.
Para o secretário Walter Pinheiro, a implantação do empreendimento vai permitir a atração de empresas que trabalhem num processo cada vez mais afinado com a estrutura industrial da Bahia. “Além do que, com o surgimento do CIMATEC Industrial, também em Camaçari, a ideia é que sejam ofertados serviços tanto para as empresas quanto para os sistemistas, cuja atração criará também uma outra rota de serviços.
“Estamos fazendo a ligação das pontas, que é ajustar com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico a política de atração desse investimentos, linkar esses projetos com a Secretaria de Infraestrutura, com a Casa Civil na rota de prioridades, e com a Seplan na rota de prioridade do eixo de logística e de infraestrutura, ajustando e enxergando os projetos do Governo do Estado que estão em curso”, disse.
Pinheiro destacou ainda que estão sendo realizadas tratativas com os outros setores, com sindicatos dos trabalhadores, com a FIEB, e o sindicatos dos sistemistas. “Todos os envolvidos no sentido de consolidar o projeto, ver qual é o papel do estado, a tarefa dos interessados e disparar esse projeto como uma das coisas mais importantes para aquele processo que ali está hoje ainda como um dos grades baluartes do Polo e, efetivamente, fazendo a ligação através de ferroviária, a possibilidade de cada vez mais integrar com as ações portuárias. Ao mesmo tempo, dando melhores condições para os trabalhadores, os caminhoneiros, e todo fluxo de entrada e saída de mercadorias possa acontecer de maneira satisfatória, rápida, eficiente e melhorando assim nossa economia, sem contar com a geração de mais postos de trabalho”, completou. (Fala Simões Filho/Debora Souza)