Volkswagen trabalhará aos sábados

DCI

 

A Volkswagen Caminhões e Ônibus deve voltar a trabalhar quatro sábados por mês na planta de Resende (RJ) a partir de novembro, disse nesta quinta-feira (20) o CEO da montadora no País, Roberto Cortes. Segundo ele, a demanda está retornando.

 

“A economia volta a dar sinais de recuperação e a prova disso é que estamos trabalhando com turno cheio”, disse o executivo durante a maior feira de transportes do mundo, a IAA, que acontece em Hannover, na Alemanha. No entanto, Cortes afirm que ainda é cedo para falar sobre a abertura de um novo turno. “Tudo dependerá de como a economia vai evoluir. Apesar da volta do crescimento, a decisão de abrir o segundo turno depende de previsibilidade”, destaca.

 

Durante apresentação das novidades da IAA, o executivo comentou sobre a defasagem de preços que o mercado de caminhões vem enfrentando. “Nos últimos cinco anos, a demanda caiu cerca de 75% e a ociosidade das montadoras chegou a atingir esse nível. Com a inflação acumulada de todo esse tempo, hoje os preços ainda estão defasados em aproximadamente 20% e, se aplicarmos reajuste, não vendemos caminhões. As margens continuam bastante comprimidas.” Apesar disso, o recém-criado grupo Traton – dono das marcas Volkswagen, MAN, Scania e RIO – vê o Brasil como prioridade. O CEO Andreas Renschler disse que a empresa voltou a operar no azul no Brasil. “Estamos no caminho certo. Conseguimos investir e voltamos a ter lucro”, assinalou. “O Brasil é indiscutivelmente nosso mercado número um no mundo”.

 

Tamanho do mercado

 

Cortes trabalha com uma projeção para o mercado de caminhões, neste ano, em torno de 65 mil unidades. No ano passado, as vendas foram de pouco mais de 50 mil unidades no País. “Nós enxergamos um crescimento anual mínimo de dois dígitos para nossa empresa nos próximos cinco anos”, estima o executivo.

 

Ele acredita que o tamanho do mercado brasileiro é de aproximadamente 150 mil unidades anuais. No entanto, conforme Cortes, o recorde de vendas de quase 175 mil caminhões em 2011 não deve voltar a acontecer. “Naquele ano, houve antecipação de compra devido à troca da legislação de emissões. Mas o País tem muito potencial para trabalhar”. (DCI/Juliana Estigarríbia)