Diário do Comércio
As estatísticas de vendas de automóveis de passeio e comerciais leves no mundo superaram as expectativas em 2017.
O aquecimento adicional da economia no Primeiro Mundo, somado a alguns países emergentes, ajudou a acelerar os números no final do ano fazendo com que o total de unidades vendidas atingisse os 94,5 milhões de veículos, superando as estimativas com um incremento de 2,2% em relação a 2016.
Analisando as cinco marcas mais vendidas globalmente, a primeira colocada foi a Toyota, que vendeu 8,7 milhões de unidades, quase 2 milhões a mais que a Volkswagen, a segunda colocada com 6,8 milhões.
Essas duas gigantes vêm se revezando, nos últimos anos, em uma batalha frenética. Em seguida aparece a Ford, com 6,2 milhões, sendo a única das cinco a apresentar queda de 1,2% em relação ao ano anterior.
A próxima da lista é a Honda com 5,2 milhões de unidades vendidas e, também, a que mais cresceu entre as cinco (incremento de 8,2% nas vendas em relação a 2016). Na quinta posição ficou a Nissan, com vendas globais de 5,1 milhões de unidades.
Lembrando ao leitor que estamos falando de automóveis e veículos comerciais leves, estes últimos pesando até 3,5 toneladas. Estão fora desta estatística os ônibus e caminhões.
Outro ponto que merece atenção é que os fabricantes podem pertencer a grupos ou alianças que, eventualmente, reúnem mais de uma marca. O Volkswagen Group, por exemplo, produz automóveis e veículos comerciais leves com as marcas Volkswagen, Audi, Skoda, Seat, Bentley, Lamborghini, Bugatti e Porsche.
O ranking que informamos anteriormente apresenta cada marca individualmente, sem somar as outras do mesmo grupo. As estatísticas são da empresa focus2move, cujo banco de dados reúne órgãos oficiais e, também, associações de fabricantes de veículos no mundo todo.
As cinco primeiras marcas da lista foram responsáveis por 34% dos carros vendidos no mundo em 2017. Cada uma delas, além de apresentar sua visão própria do futuro da mobilidade, também é protagonista das mudanças que vem por aí.
Estamos às portas da segunda década do segundo milênio e, embora ainda exista por parte da sociedade, principalmente nas Américas, uma certa inércia a respeito do uso da eletricidade nos automóveis, as líderes do mercado não tem dúvidas de que as mudanças acontecerão.
Diante deste compasso, os chineses partiram na frente e se lançaram ao desenvolvimento de veículos elétricos em larga escala. Já se tornaram os maiores consumidores deste produto no mundo e tudo indica que irão liderar.
Começaram com as bicicletas que chegaram aos milhões. Isto fez com que as fábricas chinesas despejassem pequenos motores elétricos no mundo todo. O governo chinês, em busca de reduzir sua dependência na importação de petróleo e, simultaneamente, diminuir a poluição do ar que compromete as grandes cidades, esta incentivando esse boom.
Este fato está atraindo fabricantes ocidentais e General Motors, Ford, Volkswagen e Daimler já estão estabelecendo suas estratégias para desfrutar do mercado chinês.
Enquanto isso, os esforços para tornar os motores convencionais menos poluentes continuam em andamento e a atenção sobre os motores Diesel indicam que é bem provável que eles serão as primeiras vítimas desse processo. (Diário do Comércio/Rogério Machado)