Reajuste no preço dos combustíveis demora a chegar às bombas

O Estado de S. Paulo

 

A Petrobrás já fez 18 reajustes, quase um por dia, desde o início de sua nova política de preços de combustíveis, no início do mês. O último começou a valer no sábado passado (29), uma queda de 0,2% no diesel e alta de 1% na gasolina. No acumulado do mês, sem considerar a elevação de impostos anunciada no dia 20, a gasolina ficou 2,6% mais cara nas refinarias e o diesel, 6,4%, conforme o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

 

As mudanças ainda não chegaram aos consumidores, mas a tendência é de queda. Desde que a estatal passou a alinhar seus preços com o mercado internacional, em outubro de 2016, o valor da gasolina acumula diminuição de 13,8% e o do diesel, de 12,1%. Antes do estabelecimento da flutuação diária, as mudanças eram mensais.

 

Conforme levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre a semana encerrada em 1º de julho e a encerrada em 22 julho, houve baixa para os consumidores, na média nacional: -1,31% na gasolina e -1,32% no diesel.

 

Segundo o presidente do Sindicato dos Donos de Postos de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia, os preços nas bombas não refletem o reajuste dos valores anunciados pela empresa porque os distribuidores, que compram os combustíveis nas refinarias e revendem aos postos, estão segurando repasses. O profissional explica que, neste primeiro mês, a prática no mercado paulista tem sido segurar repasses inferiores a 2,5%, embora cada distribuidor tenha sua política de preços. (O Estado de S. Paulo)