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Parece que não é só em carros elétricos e autônomos que a Ford está investindo bastante dinheiro, já que a empresa está gastando nada menos do que US$ 200 milhões para construir um novo complexo com o objetivo de melhorar a tecnologia e design de seus produtos. Entre os principais recursos das instalações futuras está um avançado túnel de vento, que vai permitir que a empresa conte com dados de aerodinâmica muito mais precisos, variados e confiáveis.
A construção do túnel de vento está marcada para começar na primavera norte-americana (nosso outono) e ocupará um terreno de 13 acres – o que se traduz em cerca de 52.609 metros quadrados – em Allen Park, no estado de Michigan. A ideia é que tudo esteja funcionando já no outono estadunidense (nossa primavera) de 2019, com direito a tecnologias que imitam muito melhor as condições do mundo real.
Técnicas avançadas
Em vez de os carros simplesmente ficarem parados enquanto os engenheiros medem o impacto do vento jogado contra eles, os automóveis poderão andar sobre uma pista móvel construída com uma série de esteiras capazes de se mover sob os veículos em qualquer direção. “Como a tecnologia dos nossos veículos vem avançando, nós precisamos da capacidade de simulação de chão em movimento para validar designs”, explica Jacqueline Shuk, chefe de engenharia da Ford.
Cada veículo vai ser colocado em um dinamômetro com cada uma de suas rodas apoiadas em uma das esteiras, com uma quinta esteira no centro do carro para garantir que a corrente de ar passe de forma mais precisa pela parte de baixo do automóvel. O túnel conseguirá fazer testes com velocidades simuladas de até 250 km/h com todas as esteiras ligadas ou até 322 km/h se só a esteira principal for ativada.
“Essa nova instalação de túnel de vento não vai só nos permitir testar as linhas de veículos de performance e corrida, mas também possibilita que compartilhemos inovações com todos os produtos globais da Ford”, afirma Dave Pericak, diretor de desempenho da empresa. Depois de dois anos de operação, a companhia pretende adicionar uma câmara climatizadora avançada capaz de ir de congelantes -40 ºC até escaldantes 60 ºC. (Portal Tecnomundo/Leonardo Rochaem)