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CEO da Volkswagen na América do Norte, Hinrich Wiebken, disse durante o Salão de Los Angeles que a marca estuda atuar no segmento de picapes médias dos EUA. Embora não tenha dado detalhes, tudo leva a crer que a empresa planeja levar a Amarok para o mercado americano na próxima geração, como forma de concorrer diretamente com as rivais locais.
Para chegar ao país, porém, a picape precisa ser produzida localmente, a menos que seja derrubado o chamado “Imposto do Frango” (Chicken Tax, em inglês). Uma saída é montar o modelo na fábrica de Chattanooga, estado do Tennessee, ao lado do recém-lançado SUV Atlas.
Ressurgido no país, o mercado de picapes médias tem despertado fortemente o interesse das montadoras e alcançado números comerciais bastante atrativos. A General Motors, por exemplo, atua na categoria com as bem-sucedidas Chevrolet Colorado e GMC Canyon, ao passo que a Honda acaba de renovar por completo a Ridgeline. No topo do segmento está a Toyota com a Tacoma, que chega a vender até mais que a grandalhona Tundra.
Criado em 1963, o Chicken Tax impõe uma taxa de 25% sobre picapes e veículos comerciais importados e foi, à época, uma resposta dos EUA às barreiras aplicadas por França e Alemanha Ocidental contra o frango norte-americano. Ele também incidia sobre amido de batata, dextrina e outros itens, mas aos poucos os produtos alimentícios foram removidos da tributação extra, ficando a sobretaxa mantida para veículos. Por conta disso, é comercialmente inviável para marcas como Mazda, Mitsubishi e a própria VW exportar picapes para a terra do Tio Sam. (Carplace)