Maciel deixa presidência do Grupo Caoa

O Estado de S. Paulo

 

À frente do Grupo Caoa há quase quatro anos, Antonio Maciel Neto deixará o cargo no dia 15. Será substituído pelo atual vice­presidente Mauro Correia, de 55 anos, que está na empresa desde fevereiro de 2014.

 

Formado em engenharia, Maciel também presidiu a Ford por se te anos e, depois, a Suzano Papel Celulose. Antes, comandou a Cecrisa e a Ferronorte e foi secretário adjunto do Ministério do Desenvolvimento no governo Collor de Mello.

 

Aos 59 anos, Maciel pretende se dedicar a um projeto próprio, em parceria com sócios, na área de biotecnologia e energia renovável.

 

O engenheiro Correia também trabalhou na Ford por 20 anos, além de Volkswagen, Nokia e Toshiba, entre outras.

 

O Grupo Caoa, do empresário brasileiro Carlos Alberto de Oliveira Andrade, produz, sob licença, veículos utilitários da marca coreana Hyundai em uma fábrica inaugura da em 2007 em Anápolis (GO).

 

Na semana passada, Maciel apresentou, em evento no Salão do Automóvel de São Paulo, o novo Tucson, utilitário esportivo recém lançado na Coreia e que já está sendo produzi do em Goiás. O modelo deve chegar ao mercado no fim deste mês ou início de dezembro.

 

A fábrica produz também o ix35 e deve manter em linha, por enquanto, a antiga versão do Tucson, fabricada apenas no Brasil.

 

De acordo com Maciel, em razão da crise econômica a linha de montagem da Caoa Hyundai opera com apenas 30% de sua capacidade (de 76 mil veículos ao ano, em dois turnos de trabalho), utilização que ele espera que o grupo aumente com a chegada do novo Tucson.

 

Maciel e Andrade foram indiciados pela Polícia Federal e denunciados por corrupção ativa pela Procuradoria da República na Operação Acrônimo, que envolve o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

 

A denúncia, porém, não foi recebida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem a competência para processar governadores, porque os ministros decidiram encaminhar os autos à Assembleia Legislativa de Minas, que deverá decidir se autoriza ou não abertura do processo criminal contra o governador e os demais denunciados. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)