Jornal do Carro
Com preços a partir de cerca de R$ 70 (o jogo), as velas de ignição são responsáveis por gerar a faísca para queima do combustível no motor. Peças de desgaste natural, devem ser trocadas de acordo com recomendação da montadora no manual, mas, quando o uso do veículo é severo, a durabilidade é abreviada. Nesse caso, se não forem substituídas, poderão causar danos a outros componentes, principalmente o catalisador, e o prejuízo pode passar de R$ 1 mil.
De acordo com o consultor de assistência técnica da fabricante de velas NGK, Hiromori Mori, o uso do veículo predominantemente na cidade e em congestionamentos é considerado severo. É no anda e para do trânsito que as velas sofrem maior desgaste.
Em geral, as peças não “avisam” quando começarão a falhar. “Se a ignição falhar, é porque a vela já está em estado crítico”, diz Mori. Para evitar que isso ocorra, ele recomenda a verificação a cada 10 mil km, em média, ou uma vez por ano. “O especialista pode avaliar se há queima de óleo no motor ou infiltração de água na câmara de combustão, por exemplo.”
“Efeito cascata”
Responsável por transformar os gases tóxicos gerados no motor (como monóxido de carbono) em outros menos prejudiciais à saúde, o catalisador é item obrigatório. Rodar sem o dispositivo é considerado infração grave e sujeita o dono do carro a R$ 127,69 de multa, além de 5 pontos na CNH.
“O catalisador dura cerca de 80 mil km, ou cinco anos”, diz o diretor de marketing da Umicore, que fabrica essas peças, Claudio Furlan. “Antes disso, eventuais problemas surgem de falhas em outras peças.”
Defeitos no sistema de ignição por causa de velas deterioradas levam à má queima do combustível. “O excedente sai pelo escapamento e vai para o catalisador”, diz Mori. “Haverá derretimento da superfície e a peça pode degradar ou quebrar”, explica Furlan.
Como não há reparo possível, será necessário trocar o catalisador. Para carros 1.0, o preço é de cerca de R$ 250, mas, conforme o modelo, pode passar de R$ 1 mil. (Jornal do Carro)