MAN prevê capacidade total em 2019

DCI

 

A MAN Latin America, fabricante de caminhões da Volkswagen, vê o pleno uso da capacidade instalada no País só em 2019. Atualmente, a ociosidade do setor, próxima de 80%, é a grande preocupação das montadoras.

 

“A economia parou de cair e, com isso, a demanda vai voltar gradualmente. Mas o retorno pleno da capacidade da nossa indústria deve vir somente em 2019”, afirmou ao DCI o presidente da MAN, Roberto Cortes.

 

À frente da marca líder do mercado brasileiro, Cortes está mais otimista do que outros executivos da cadeia. “Já vivi inúmeras crises no País e tenho certeza que a demanda vai retornar”, garante.

 

Para tanto, Cortes afirma que o Brasil necessita de estabilidade econômica e um cenário propício para investir, com taxa de juros controlada. Ele lembra que cerca de 95% das vendas de veículos comerciais são financiadas no mercado brasileiro.

 

“O empresário precisa de um custo do capital que justifique o investimento”, pontua.

 

Exportações

 

As montadoras preveem uma queda aproximada de 30% das vendas neste ano, no Brasil. E enquanto o mercado não retorna, a MAN está realocando capacidade para exportações.

 

“Queremos ser líderes onde hoje não somos, como Argentina, Chile e México, por exemplo, crescendo acima da concorrência”, revela Cortes. Com um processo de internacionalização em curso, a meta é crescer dois dígitos nas exportações em 2017.

 

Cortes acaba de retornar da Alemanha, onde participou do maior Salão de Transportes do mundo. “Mostramos nossos produtos feitos sob medida.” Ele revela que a MAN iniciará, já em 2016, operações de montagem na Nigéria e no Quênia, com peças feitas no Brasil.

 

Outro foco da montadora com fábrica em Resende (RJ) é o Oriente Médio. “Aproveitamos o Salão em Hannover para buscar clientes da região. Queremos estar presentes no mundo todo”, comenta Cortes. (DCI/Juliana Estigarríbia)